Será apresentado em Torres, na próxima quinta-feira (27), para a comunidade e veranistas, o Projeto de Conservação da Mata Atlântica no Rio Grande do Sul, executado pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema). A reunião será realizada às 20h, na Associação dos Amigos da Praia de Torres (SAPT). Será o segundo de uma série de encontros programados para os municípios onde estão sendo implantadas unidades de conservação por meio do contrato de contribuição financeira, firmado em 2002, entre Governo do Estado, através da Sema, e o banco alemão Kreditanstalt Für Wiederaufbau (Kfw), visando à proteção dos remanescentes e recuperação de áreas degradadas da Mata Atlântica. O investimento é de R$ 40 milhões para aplicação em seis unidades de conservação estaduais, três municipais e duas federais, abrangendo em torno de 13 mil km², em 28 municípios da região Nordeste do Estado. No encontro, além da apresentação das principais ações do projeto, serão abordados temas que ajudarão a esclarecer sobre a importância da conservação ambiental das áreas em foco e também de seus entornos. Ao final, será aberto espaço para os participantes fazerem perguntas relacionadas à implantação do Parque Itapeva, em Torres, e das zonas ao redor da área protegida. Os participantes terão, ainda, a oportunidade de conhecer a exposição fotográfica Mata Atlântica, com imagens de 1m x 70cm, de diversas paisagens das unidades de conservação abrangidas pelo projeto. Itapeva Em Torres, a Sema administra o Parque Estadual de Itapeva, criado por decreto em dezembro de 2002 e uma das áreas contempladas pelo Projeto Mata Atlântica. Com uma área de mil hectares, o parque abriga um dos únicos remanescentes de floresta paludosa em unidades de conservação no Estado. Protege grandes dunas móveis e dunas fixadas com vegetação de restinga, paisagem característica da planície litorânea do Rio Grande do Sul, cada vez menos encontrada. Também há campos alagados e secos, turfeiras, matas de restinga, banhados, arroios e vassourais. A fauna exibe diversas espécies de anfíbios, com destaque para o sapinho-de-barriga vermelha (Melanophryniscus dorsalis), bastante raro e ameaçado de extinção no Brasil. Entre os répteis, destaca-se a lagartixa-das-dunas. Podem ser vistas também diversas espécies de aves, como o macuquinho - ameaçado de extinção -, a rendeira e o acauã. Entre os mamíferos, chamam a atenção o mico-prego, o tamanduá-mirim e várias espécies de cuícas. Na flora, são encontradas grandes figueiras, palmiteiros, uma grande variedade de orquídeas e de bromélias. O parque dispõe de um camping com churrasqueiras e área de lazer, onde cada pessoa paga R$ 7,72 por dia. O ingresso para visitação custa R$ 3,36. Crianças de até 10 anos não pagam. Atividades de educação ambiental podem ser agendadas pelo telefone (51) 626-3561.