Seminário debate alternativas para uso sustentável do carvão
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A importância do uso sustentável do carvão e sua vocação para substitutir outras matérias-primas importadas no Rio Grande do Sul foi tema de debate nessa terça-feira (18). O seminário As Novas Perspectivas para o uso sustentável do carvão reuniu empresários interessados em investir no mercado do produto. O evento, na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), teve a presença do secretário de Minas e Energia (SME), Artur Lemos Júnior.
Para o secretário, a ausência de políticas para o setor deixou uma lacuna. "Precisamos da união de esforços para avançar. Estamos trabalhando desde 2015 no planejamento do setor do carvão. Queremos mostrar nosso estado para o mundo, levar ao conhecimento da sociedade que o projeto é viável ambientalmente", afirmou.
A SME trabalha para apresentar políticas que estimulem a competitividade do segmento energético. O Rio Grande do Sul possui 89% das reservas nacionais - mais de 28 bilhões de toneladas do mineral. "Estamos diante de uma verdadeira 'mina de ouro', que ainda carece de meios para se desenvolver", acrescentou Lemos Júnior.
O presidente da Fiergs, Heitor José Müller, defendeu a criação de um projeto integrado em parceria com o Sindicato Nacional da Indústria de Extração de Carvão (Sniec) que trate a matéria-prima existente no estado com o devido potencial que merece. "Se a extração de carvão mineral for altamente tecnológica e limpa, é evidente que temos em nossa frente uma possibilidade de abrir o horizonte para essa nova economia", sustentou.
Projeto carboquímico
A intenção de instalação de uma usina de gaseificação de carvão na Região do Baixo Jacuí, com projeção de investimento de US$ 1,5 bilhão, conforme previsão de consultores internacionais, surge como a alternativa mais viável. Foram realizados estudos que atestam a viabilidade da construção do complexo industrial a partir de uma política carboquímica, ou seja, a base do uso de carvão verde, extraído com o mínimo de danos ao meio ambiente. O novo complexo seria uma solução caseira para a internalização de arrecadação do ICMS e também para o fornecimento deste insumo, essencial para as indústrias gaúchas.
O seminário é organizado pela SME, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sdect), Fiergs e Sniec.
Texto: Ascom SME
Edição: Gonçalo Valduga/Secom