Sema apresentou estágio de elaboração do Mapa Hidrogeológico do RS
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O diretor do Departamento de Recursos Hídricos (DRH) da Secretaria Estadual do Meio Ambiente(Sema), Rogério Dewes, e técnicos da Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais (CPRM) apresentaram, nesta sexta-feira (13), o estágio atual de elaboração do Mapa Hidrogeológico do RS. Pela CPRM estiveram presentes o superintendente regional de Porto Alegre, Irineu Capeletti, o chefe e o coordenador do projeto, respectivamente Douglas Roberto Trainini e Marcos Alexandre Freitas, e a gerente de hidrologia, Andréa Germano. O Mapa caracterizará os sistemas aqüíferos existentes no Estado, em termos de qualidade e quantidade das águas subterrâneas, e auxiliará no gerenciamento qualificado dos recursos hídricos. O trabalho inclui o inventário de poços tubulares existentes. Até agora foram constatados 3.267 poços perfurados em 121 municípios, na faixa central do Estado, indo de Porto Alegre a Uruguaiana. De acordo com Rogério Dewes, que vê como caótica a exploração de águas subterrâneas no Estado, as outorgas concedidas pela Sema/DRH não atingem 1% do número de poços perfurados no território gaúcho, ou seja, a grande maioria deles é feita de forma clandestina e muitas vezes irregular. Esse problema não carece apenas de fiscalização. Mesmo que tivéssemos 10 mil fiscais não se controlaria essa clandestinidade. Precisamos muito da conscientização da sociedade e de quem perfura os poços, alerta Dewes. Um poço perfurado em condições inadequadas pode gerar problemas de contaminação das águas subterrâneas e de saúde para a população consumidora. Também não é autorizada a perfuração onde existe rede de abastecimento público, feita, normalmente, pela Corsan. Segundo o coordenador do projeto, Marcos Alexandre Freitas, o cadastramento dos poços permite, também, detectar aqueles que se encontram aptos a uma revitalização, podendo ser utilizados em caso de estiagem. Ele ainda destacou que durante o trabalho as comunidades estão sendo orientadas sobre os usos e cuidados necessários com os poços. Com o trabalho concluído, cuja previsão é agosto deste ano, o resultado será incluído no Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS). Conforme o superintendente regional de Porto Alegre da CPRM, Irineu Capeletti, esse é o banco de dados de águas subterrâneas oficial do Brasil, cujo modelo está sendo adotado por países como o Canadá e África do Sul. Estão sendo investidos R$ 1,450 milhão na elaboração do Mapa Hidrogeológico do RS, sendo R$ 700 mil do Governo do Estado, por meio do Fundo de Recursos Hídricos, e R$ 750 mil pela contrapartida da CPRM. Rogério Dewes afirmou que o Mapa estará disponível ao acesso público, tão logo seja concluído.