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Secretaria da Saúde promove simpósio sobre doação de órgãos e transplantes no Rio Grande do Sul

Nesta terça (23), foram apresentados os números de procedimentos realizados em 2025 até a primeira quinzena de setembro

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Em um auditório lotado, uma mulher está de pé no palco, falando ao microfone. Há quatro poltronas ao lado, com duas ocupadas por um homem e uma mulher sentados. Ao fundo, há banners que remetem à doação de órgãos, com a marca do governo do Estado.
A secretária-adjunta da Saúde, Ana Costa, enalteceu as equipes envolvidas em todo o processo de doação - Foto: Mariana Ribeiro/Ascom SES

Em alusão ao Setembro Verde, mês dedicado à conscientização sobre doação de órgãos e tecidos para transplante, a Secretaria da Saúde (SES), por meio da Central Estadual de Transplantes (CETRS), realiza o primeiro simpósio estadual sobre a temática. Promovido pela SES, o encontro ocorre de 22 a 24 de setembro no auditório do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers). Com uma programação ampla, o evento integra a campanha “O Amor Vive”, do governo do Estado.

Nesta terça-feira (23/9), o coordenador-adjunto da CETRS, James Cassiano, apresentou os dados de transplantes no Estado entre janeiro e a primeira quinzena de setembro de 2025. Entre órgãos sólidos e tecidos (córneas, ossos, pele, medula óssea), 1.549 transplantes foram bem-sucedidos.

Apesar da melhora nos índices em relação aos anos anteriores, quase 3 mil pessoas ainda aguardam em lista de espera por um órgão no Rio Grande do Sul. Desse total, 1.486 pacientes aguardam por um rim, 173 por um fígado, 15 por um coração, 85 por um pulmão e 1.155 por uma córnea. Os números servem de alerta para a importância da continuidade de ações de conscientização sobre o tema.

“A importância do 1º Simpósio de Doação de Órgãos e Transplantes do Rio Grande do Sul é fomentar a ideia da doação de órgãos e mostrar nossos índices. Queremos dar visibilidade à qualidade do serviço prestado no Estado e apresentar esses dados públicos para que a sociedade possa acompanhar”, declarou Cassiano.

Órgãos doados e transplantados em 2025

  • Rim: 393
  • Fígado: 92
  • Coração: 16
  • Pulmão: 29
  • Córnea: 751

Mesa de abertura

Presente na solenidade de abertura, realizada na segunda-feira (22/9), a secretária-adjunta da Saúde, Ana Costa, enalteceu as equipes envolvidas em todo o processo, que começa com a doação de um órgão e só é concluído com o transplante. “É uma engrenagem perfeita que funciona desde a captação e análise de compatibilidade, passa pelo transporte, com apoio das forças policiais, e se estende até a chegada do órgão em tempo hábil ao local onde será realizado o transplante”, destacou.

“Essa é uma pauta que nos incita e nos desafia. É importante lembrar como é essencial a abordagem dos profissionais às famílias num momento de dor, para que possam proporcionar a mais alguém a possibilidade de seguir a vida a partir da doação”, acrescentou Ana Costa.

O desembargador Carlos Eduardo Richinitti reforçou que a conversa nas famílias sobre o tema faz toda a diferença e exemplificou uma situação pessoal que viveu com a própria filha, que recebeu transplante de medula óssea. A presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, comandante Nádia, pontuou que falar sobre doação é falar sobre a vida. “É transformar perdas em renascimento”, disse.

O presidente do Cremers, Régis Angnes, salientou que a doação é uma das atitudes mais generosas que um ser humano pode ter. “Quando escolhemos a medicina, temos que refletir por que escolhemos esse caminho. A doação de órgãos vai além dos aspectos técnicos e exige pensar nas vidas impactadas, na notícia de morte, na responsabilidade e nas pessoas que podem ser salvas”, ponderou.

Campanha "O Amor Vive"

Lançada em 2023, a iniciativa do governo do Estado, em parceria com outras instituições públicas, entidades da sociedade civil e cidadãos dedicados à causa, busca dar visibilidade à doação de órgãos.

Com ações diversas ao longo do ano, a campanha traz uma mensagem de estímulo para que as pessoas se tornem doadoras e falem sobre o assunto, reforçando que atualmente, no Brasil, somente a família pode autorizar a doação.

Uma única pessoa pode salvar até oito vidas, com a doação de coração, fígado, rins, pâncreas, pulmões e tecidos, como córneas, pele, vasos, ossos e tendões.

Caminhada no Dia Nacional da Doação de Órgãos

Para marcar o Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado no sábado (27/9), será realizada a Caminhada “O Amor Vive”. A atividade é aberta ao público em geral e será realizada entre 8h e 10h, partindo da Usina do Gasômetro, seguindo até a Rótula das Cuias e retornando ao ponto de partida.  

A atividade busca dar visibilidade especialmente a pessoas transplantadas, pessoas em lista de espera, profissionais da saúde que atuam na captação e no transplante de órgãos, voluntários, integrantes de organizações não governamentais e entidades da área da saúde. 

Texto: Mariana Ribeiro/Ascom SES
Edição: Secom

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