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RS tem queda de 55% no desmatamento em 2023, aponta MapBiomas

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Card em fundo cinza, no qual está escrito Meio Ambiente Infraestrutura ao centro, logo abaixo de um ícone formado por uma imagem do globo terrestre envolvido por um galho de planta com duas folhas em uma das ponta e na parte superior do globo. No canto inferior direito está a logomarca utilizada pela gestão 2023-2026 do governo do Rio Grande do Sul.
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Matéria atualizada na quarta-feira (29/5), às 15h58.

O desmatamento no Rio Grande do Sul teve redução de 55% em 2023 na comparação com o ano anterior, conforme dados do Relatório Anual do Desmatamento no Brasil (RAD) divulgado nesta terça-feira (28/5) pelo MapBiomas. Pelo quinto ano consecutivo, todos os estados e o Distrito Federal tiveram alertas detectados. A área desmatada em território gaúcho no último ano foi de 2,3 mil hectares, o que situa o Rio Grande do Sul entre as oito unidades federativas com menor perda de vegetação nativa no país. O estado com maior perda foi o Maranhão, com 331,2 mil hectares desmatados, segundo o levantamento.

Considerando especificamente o Pampa, bioma exclusivo do Rio Grande do Sul em território brasileiro, a redução da supressão de vegetação nativa foi de 50% no mesmo período. Os alertas de desmatamento do MapBiomas, que se utiliza de imagens de satélite, focam em ambientes florestais, estando a detecção em ambientes campestres restrita a áreas no entorno desses alertas.

“Os números reforçam que as políticas públicas implementadas pelo Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) dentro da agenda ProClima 2050, e as ações de controle executadas pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) têm surtido efeito”, avaliou a titular da pasta, Marjorie Kauffmann. “Em relação ao Pampa, foi a partir do novo Código Ambiental, por exemplo, que o bioma passou a ser reconhecido, dando visibilidade e ampliando a possibilidade de financiamentos e ações efetivas de conservação”, acrescentou.

Em 2023, considerando somente as operações Mata Atlântica e Mata Atlântica em Pé, esta última coordenada pelo Ministério Público do Paraná com participação dos estados, a Fepam constatou 218 hectares de área irregularmente desmatada, que resultaram em autuações. Ao longo do ano, também foram feitas diversas fiscalizações pontuais, incluindo o bioma Pampa. O Estado firma, ainda, termos de cooperação com municípios para gestão florestal, o que prevê ações de fiscalização na esfera municipal.

“No último ano, adotamos ferramentas para atuação remota, por meio de imagens de satélite, de forma a otimizar os resultados e atender o maior número de alertas possível. Temos trocado experiências com outros Estados e, recentemente, aderimos ao Programa Meio Ambiente Integrado e Seguro Brasil Mais, do Ministério da Justiça, ampliando ainda mais nossas possibilidades de monitoramento”, ressaltou o presidente da Fepam, Renato Chagas.

Para além das políticas de comando e controle, o Estado, por meio da Sema, tem apostado em medidas de incentivo a modelos produtivos sustentáveis como alternativa à supressão da vegetação nativa. É o caso, por exemplo, do programa Campos do Sul, que oferece assistência técnica especializada a proprietários rurais e certifica aqueles que adotam boas práticas ambientais.

Outra política pública de incentivo a práticas sustentáveis são as Certificações de Sistemas Agroflorestais (SAFs), de Extrativismo Sustentável e Viveirismo Artesanal. Voltada a agricultores familiares, povos indígenas e comunidades tradicionais, a iniciativa reconhece as atividades econômicas ecologicamente orientadas. Já são 276 certificações, que equivalem a aproximadamente 1,2 mil hectares de área certificada, em 73 municípios gaúchos.

“Temos buscado valorizar as boas práticas, convidando diferentes setores da sociedade a atuarem em conjunto nesta temática. Também por meio da atualização do Código Ambiental, inserimos a modalidade de pagamento a quem presta serviços ambientais, outra iniciativa alinhada a esse propósito e que integra a agenda ProClima 2050”, pontuou Marjorie.

O Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) é um instrumento de estímulo à proteção ambiental que prevê a remuneração daqueles que preservam áreas privadas. Serão destinados à iniciativa R$ 15 milhões ao longo de 36 meses. Todas as ações que integram o conjunto de estratégias para o enfrentamento das mudanças climáticas podem ser conferidas no site do ProClima.

Texto: Joyce Heurich/Ascom Sema
Edição: Camila Cargnelutti/Secom

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