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Roque Jacoby inaugura mostra sobre Getúlio Vargas na Escola Militar de Rio Pardo

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O secretário da Cultura do Rio Grande do Sul Roque Jacoby participa, logo mais, às 10 horas, em Rio Pardo, da inauguração da exposição Getúlio Vargas do Brasil Reabre as Portas da Escola Militar, no prédio que está ainda em restauração. Nela, são retratadas a vida e a obra do ex-presidente da República no ano em que são lembrados os 50 anos de sua morte. Getúlio nasceu no mesmo ano (1882) em que o imóvel foi construído para abrigar uma Casa de Caridade. Foi aluno da Escola de Formação de Oficiais do Exército Brasileiro, entre 1900 e 1902. Nada mais justo, portanto, que homenageá-lo, colocando à disposição da população dados sobre sua vida e sua obra com fotos, documentos e painéis, segundo o assessor da União dos ex-alunos Amigos do Auxiliadora - Uneama, Telmo Padilha César, produtora cultural que está realizando a restauração. A exposição reúne materiais já expostos em Porto Alegre, no Memorial do Rio Grande do Sul e na Asssembléia Legislativa, mostrando a casa onde Getúlio nasceu, em 19 de abril de 1882, a vida familiar, o início da trajetória política como deputado da Asssembléia de Representantes e presidente do Estado. Traz também materiais ligados à década de 1930 em que estava envolvido com a campanha da Aliança Liberal, a Revolução de 1930, o Governo Provisório e a Presidência Constitucional. Mostra ainda o retiro na Fazenda do Itu, em São Borja, em 1946, em que recebia pessoas ilustres que o estimulavam a que se candidatasse a presidente da República. A mostra, lembra Telmo, é uma oportunidade de o público conhecer o resultado do levantamento arqueológico feito no local em parceria com a Universidade de Santa Cruz do Sul em que foram encontrados materiais, canetas, botões de farda e restos de porcelana com a logomarca da Escola Militar. Embora não tenham sido encontradas em todas as salas do prédio, foram realizadas 12 prospecções do que restou de pinturas da época, supondo-se que a camada mais à mostra deve ser a de 1882, ano em que a construção foi concluída. O público poderá ver também o estado do prédio no ano em que começou a restauração, por meio de fotos da época. Ao mesmo tempo, é uma forma de abrir as instalações à visitação da comunidade. O povo passa defronte à Escola Militar, e depara-se com obras sobre as quais muitas vezes não tem conhecimento. A exposição não deixa de ser uma forma de prestar contas à população pelos gastos com a restauração, patrocinada pela Refinaria Alberto Pasqualini, com recursos obtidos junto à Lei de Incentivo à Cultura. Já foram investidos R$2,7 milhões, faltando mais R$ 2 milhões para que a obra seja concluída, incluindo-se aí todo o mobiliário e os equipamentos de segurança. Os projetos de complementação de verbas já foram aprovados pela LIC, necessitando apenas que haja o consentimento da liberação das verbas pela refinaria. Nesse custo, há a transformação de um espaço a ser incorporado à Escola Militar, o dormitório das freiras junto à igreja. Será substituído por uma área coberta para eventos culturais, informa Telmo. Uma das curiosidades ligadas ao prédio foi a de que o pai do presidente da República Castelo Branco foi ali professor e trazia o filho à mão, circulando pelos corredores.
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