Região Metropolitana de Porto Alegre registra queda no desemprego pelo terceiro mês consecutivo
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A taxa de desemprego da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) apresentou queda de 0,2% no mês de julho, com a população economicamente ativa (PED) caindo de 7,2% para 7%, repetindo o que ocorreu nos meses de maio (0,5%) e junho (0,2%). Os dados pertencem a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada em conjunto pela Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), Fundação de Economia e Estatística (FEE), o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), e a Prefeitura de Porto Alegre, e divulgada na manhã desta quarta-feira (29), no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff).
O contingente de desempregados em julho teve uma retração de 3 mil pessoas. De 150 mil registrado em junho, caiu para 147 mil em julho. De acordo com a pesquisa, o nível ocupacional na RMPA em julho apresentou aumento (0,9%). O total de ocupados foi estimado em 1.957 mil indivíduos, 18 mil pessoas a mais do que no mês anterior. Na liderança das contratações está o setor Serviços (1,4%), com aumento de 15 mil ocupados, seguido pela indústria de transformação (1,2%), mais 4 mil ocupados, e a Construção Civil (2,2%), cujo incremento foi de 3 mil. Em contrapartida, ocorreu variação negativa do nível ocupacional no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-0,8%), com a diminuição de 3 mil ocupados.
O resultado positivo tem a ver com a estruturação do mercado de trabalho. A cada ano o patamar do desemprego fica menor, destacou uma das supervisoras do trabalho, Irene Sassi Galeazzi. Para o pesquisador e coordenador da FEE, Raul Luís Bastos, a manter a mesma tendência adotada nos últimos meses, teremos um ano surpreendente com a menor média de desemprego na Região Metropolitana, desde que foi iniciada a Pesquisa, em junho de 1992, projetou.
Emprego assalariado
Com relação à ocupação, houve crescimento no emprego assalariado (1,5%), aumento de 21 mil empregos. No âmbito do setor privado, o emprego com carteira assinada apresentou crescimento (1,8%), com acréscimo de 18 mil pessoas e o sem carteira assinada manteve a estabilidade. No setor público, o emprego também registrou variação positiva (0,8%) ou 2 mil pessoas. O rendimento médio real apresentou redução para os ocupados (-1,4%) e variação negativa para os assalariados (-0,5%), interrompendo o crescimento verificado nos três meses anteriores. Em termos monetários, esses rendimentos passaram a corresponder a R$ 1.536 e a R$ 1.511, respectivamente.
Em nível nacional, a taxa de desemprego nas sete regiões metropolitanas pesquisadas ficou estável em 10,7%. Número de desempregados foi estimado em 2.419 milhões, 14 mil a mais. No mesmo período do ano passado, o desemprego era de 11%. O contingente de desempregados nas sete regiões em julho foi estimado em 2.419 milhões de pessoas, 14 mil a mais que em junho.
Sete regiões metropolitanas
O levantamento é realizado nas regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza e no Distrito Federal. De acordo com a pesquisa, a população economicamente ativa (PEA) das sete regiões ficou em 22,617 milhões de pessoas, 133 mil mais que em junho. Na passagem de junho para julho, o desemprego diminuiu em São Paulo, de 11,2% para 11,1%. A taxa de desemprego também caiu no Distrito Federal, de 12,9% para 12,7%; em Porto Alegre, de 7,2% para 7%; e em Salvador, de 17,9% para 17,8%.
A taxa subiu em Belo Horizonte, de 4,8% para 5%, e no Recife, de 10,9% para 11,6%. Em Fortaleza, o desemprego se manteve em 9,7%. A pesquisa também mostrou que índice de trabalhadores com carteira assinada no setor privado caiu 0,3% de junho para julho, o que representou 29 mil pessoas ocupadas a menos nessa condição. No mesmo período, o número de trabalhadores sem carteira cresceu 65 mil, o que representa alta de 3,8% ante junho.
Trabalhadores com carteira
Na comparação com julho do ano passado, o número de trabalhadores com carteira no setor privado cresceu 429 mil (alta de 4,5%) e o de sem carteira caiu 17 mil (queda de 0,9%). Na comparação com junho, a indústria de transformação foi o setor que mais demitiu no conjunto das sete regiões, com 39 mil ocupados a menos. Também foram 17 mil a menos em comércio e reparação de veículos. Na construção civil o número de ocupados cresceu 3 mil e, nos serviços, aumentou 172 mil. Isso totaliza 119 mil ocupados a mais no conjunto dos setores.
Na comparação com julho do ano passado, a indústria de transformação registrou demissão líquida de 47 mil pessoas. Comércio e reparação de veículos reduziu em 91 mil o número de ocupados. Na construção, o número cresceu 119 mil e, em serviços, aumentou 554 mil. Isso representa 499 mil ocupados a mais que em julho de 2011.
Texto: Paulo Fontoura
Foto: Eduardo Seidl
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305