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Recursos do Fundovitis vão ajudar jovens de escola agrícola a permanecer no campo

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Repasse de R$ 276 mil à Escola da Família Agrícola, em Garibaldi, permite ingresso de 30 jovens filhos de viticultores em curso técnico a partir de 2015
Repasse de R$ 276 mil à Escola da Família Agrícola, em Garibaldi, permite ingresso de 30 jovens filhos de viticultores em curso - Foto: Fernando Dias

Uma experiência educacional que mescla prática com teoria e integra a escola com a propriedade rural tem conseguido subverter a tão combatida fuga de jovens do campo para os centros urbanos. Convênio assinado nesta quinta-feira (3) entre a Secretaria da Agricultura e o Fundo de Desenvolvimento da Vitivinicultura (Fundovitis) destina R$ 276 mil à Escola da Família Agrícola, em Garibaldi, na Serra, e permite ingresso de 30 jovens filhos de viticultores em curso técnico a partir de 2015.

Tão importante quanto produzir e levar adiante a tradição familiar, a intenção é fazer com que permaneçam no meio rural com qualificação e renda. Oriundos da agricultura familiar, eles ficam uma semana na propriedade e outra no campo, trabalhando no sistema de pedagogia da alternância.

Os recursos também vão ser investidos em infraestrutura. O setor produz 830,2 mil toneladas de uva no RS, representando R$ 638 milhões, conforme dados de 2013 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Segundo estudo da Emater, a região é uma das que mais enfrenta problemas de êxodo rural. No Estado, existem 227 municípios com menos de 5 mil habitantes, praticamente a metade do número total de cidades gaúchas.

O Censo Agropecuário do IBGE feito em 2010 mostra que o RS tem 378 mil estabelecimentos rurais de agricultores familiares, mas apenas 336 mil jovens entre 15 e 29 anos vivendo no campo.

Se a distribuição fosse feita de forma uniforme, faltariam 42,5 mil para que cada propriedade contasse com pelo menos um. A escola possui hoje 28 alunos matriculados estudando em regime integral e pernoitando na escola durante a semana.

“Para incentivar os jovens na permanência no meio rural, as experiências de educação e formação específicas, especialmente para os filhos de agricultores, são fundamentais. Ainda que apresentem lacunas, possibilitam e exigem investimento em estruturas e propostas que contemplem esse segmento primordial da região”, avalia o secretário da Agricultura, Claudio Fioreze. 

Texto: Daniel Cóssio
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305

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