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Recorde de hospitalizações e óbitos por gripe no RS reforça urgência da vacinação

Mais de 400 mortes já foram registradas em 2025, a maioria entre pessoas não vacinadas

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Card em fundo cinza, no qual está escrito Saúde ao centro, logo abaixo de um ícone formado por uma mulher com um estetoscópio pendurado no pescoço e atrás dela, à esquerda e à direita, dois contornos representando pessoas com estetoscópio pendurado em volta do pescoço. No canto inferior direito está a logomarca utilizada pela gestão 2023-2026 do governo do Rio Grande do Sul.
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O Rio Grande do Sul enfrenta, em 2025, um cenário que registra o maior número de hospitalizações e mortes por gripe (influenza) desde a pandemia de H1N1, em 2009. Até esta segunda-feira (14/7), já foram registradas 2.654 internações por síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) causadas pelo vírus da gripe, com 423 óbitos confirmados. Os números superam todos os anos anteriores, mesmo com o inverno ainda em curso.

A situação se agrava com a baixa adesão à vacinação neste ano. Dados da Secretaria da Saúde (SES) mostram que 82% das pessoas hospitalizadas e 78% das que morreram por gripe não estavam vacinadas. Os idosos são os mais afetados pela doença em 2025, representando 58% das internações e 77% dos óbitos.

Cobertura abaixo da meta

A dose da vacina, que é segura e gratuita, está disponível para toda a população acima de seis meses de idade desde maio. No entanto, a cobertura entre os grupos prioritários segue muito abaixo da meta de 90%. Até o momento, apenas 49,4% dos públicos prioritários (idosos, crianças pequenas e gestantes) receberam a dose anual.

A cobertura por grupo é a seguinte:

  • Crianças (de seis meses a seis anos): 39,5%
  • Idosos (60 anos ou mais): 53,2%
  • Gestantes: 29,8%

Proteção contra agravamento dos casos

A vacina contra a gripe protege contra as cepas mais recentes dos vírus influenza A (H1N1 e H3N2) e B e reduz significativamente o risco de casos graves, hospitalizações e mortes. A proteção começa cerca de 15 dias após a aplicação.

A SES reforça que a vacinação é a principal forma de prevenção e orienta os municípios a manterem o foco na imunização dos grupos mais vulneráveis. As pessoas podem procurar os postos de saúde para se vacinarem e se protegerem.

Evolução histórica dos óbitos por gripe no RS

Considerando a série histórica iniciada após a pandemia de H1N1, em 2009, os casos de influenza têm aumentado nos últimos anos. O maior número havia sido registrado em 2024, mas foi superado neste ano.

O cenário atual também reflete avanços na vigilância das síndromes respiratórias, com maior capacidade de diagnóstico e registro por parte dos serviços de saúde, em especial após a pandemia de covid-19. 

Casos de SRAG por influenza / Óbitos por influenza

  • 2011: 267 / 14
  • 2012: 807 / 68
  • 2013: 565 / 73
  • 2014: 189 / 25
  • 2015: 89 / 9
  • 2016: 1.377 / 212
  • 2017: 440 / 48
  • 2018: 622 / 98
  • 2019: 475 / 76
  • 2020: 17 / 2
  • 2021: 159 / 16
  • 2022: 1.033 / 140
  • 2023: 1.065 / 135
  • 2024: 2.328 / 289
  • 2025 (até 14/7): 2.654 / 423
A foto mostra um gráfico de linha que ilustra a "Evolução histórica da influenza no RS".
O gráfico apresenta dados de 2013 a 2024, com o ano 2025 projetado (indicado por uma linha pontilhada).
O eixo X (horizontal) representa os anos, de 2013 a 2025.
O eixo Y (vertical) representa o número de casos, variando de 0 a 1600.
Há duas linhas no gráfico:
Linha vermelha: Representa as hospitalizações por influenza.
Linha azul: Representa os óbitos por influenza.
Observações principais sobre as linhas:
Ambas as linhas mostram flutuações anuais.
Hospitalizações (vermelho): Apresentam picos notáveis em 2016 (cerca de 1200 casos), 2022 (quase 1600 casos) e uma projeção para 2025 de aproximadamente 1400 casos. Houve quedas significativas em 2020 e 2021 (período da pandemia de COVID-19), onde os casos ficaram abaixo de 200.
Óbitos (azul): Também mostram picos, mas em menor número. Os anos de maior número de óbitos parecem ser 2016 (cerca de 250), 2018 (pouco mais de 200) e 2022 (aproximadamente 300). Assim como as hospitalizações, os óbitos foram muito baixos em 2020 e 2021, ficando abaixo de 50.
O gráfico está em um fundo escuro, e as legendas para "Hospitalizações" e "Óbitos" estão localizadas no canto superior direito.
Evolução dos Casos e Óbitos por Influenza no RS (2011 a 2025)

Texto: Ascom SES
Edição: Anderson Machado/Secom

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