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Rastreabilidade individual de bovinos é tema de evento voltado à cadeia láctea, em Ijuí

Sistema deve facilitar a gestão de rebanhos, reforçar o controle sanitário, prevenir furtos e agregar valor à produção

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Fotografia de um homem em pé sobre um palco, segurando um microfone e falando ao público durante um evento. Ele veste camisa verde escura e calça jeans. Atrás dele, há diversas bandeiras de países dispostas lado a lado e painéis com logotipos de patrocinadores e instituições, incluindo o da Emater/RS-Ascar e da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). À direita, estão dispostas poltronas pretas, indicando espaço para debate ou palestra. O ambiente é iluminado e tem aspecto de auditório ou centro de eventos.
Os debates sobre rastreabilidade integraram o segundo e último dia da programação do Milk Summit Brazil 2025 - Foto: Fernando Dias/Ascom Seapi

A rastreabilidade individual de bovinos e sua importância para a qualidade da produção pecuária foram tema do ciclo de palestras, nesta quarta-feira (15/10), no Milk Summit Brazil, em Ijuí. O assunto foi apresentado pelo secretário-adjunto da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Márcio Madalena. Ele destacou os avanços do Rio Grande do Sul na implementação do sistema e o potencial do Estado para liderar o processo no país.

A rastreabilidade individual permite acompanhar todo o ciclo de vida do animal — do nascimento ao abate — por meio de um número de identificação único, registrado em brinco ou bóton eletrônico. O sistema reúne informações sobre raça, idade, vacinação e movimentações, integradas a uma base de dados oficial, o que assegura maior controle sanitário, transparência e segurança na produção. “O Rio Grande do Sul tem condições de ser pioneiro na adoção da rastreabilidade, o que trará mais segurança sanitária e agregará valor aos produtos de origem animal”, ressaltou Madalena.

O secretário-adjunto explicou que o Programa Nacional de Identificação e Rastreabilidade de Bovinos e Bubalinos (PNIB), coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com participação dos Estados e entidades representativas do setor, prevê um cronograma de sete anos para adaptação, com adoção obrigatória a partir de 2032. No Rio Grande do Sul, o projeto vem sendo aprimorado por um grupo de trabalho da Seapi e o projeto-piloto foi lançado durante a Expointer.

Expansão da rastreabilidade e facilidade para o produtor

Em 2024, o Estado deu início à identificação individual de bovinos em uma propriedade da Seapi na região da Campanha, no município de Hulha Negra. Com o projeto-piloto, foram 395 animais rastreados e se avaliou novas tecnologias, como a biometria nasal QR. Para 2025, a iniciativa está sendo expandida para 50 propriedades privadas de diferentes regiões e sistemas de produção — leite, corte, ciclo completo e terminação — com o objetivo de implantar a rastreabilidade total, do nascimento ao final da vida do animal.

Entre os benefícios para o produtor, o sistema deve facilitar a gestão de rebanhos, reforçar o controle sanitário, prevenir furtos e agregar valor à produção, especialmente em mercados que exigem comprovação de origem. Além disso, permitirá a valorização ambiental do bioma Pampa e o reconhecimento da pecuária gaúcha como modelo sustentável. “Queremos construir, com toda a cadeia produtiva, um sistema sólido e confiável, que ofereça ferramentas práticas ao produtor e fortaleça a competitividade do setor”, concluiu Madalena.

Desde 2017, a Cooperativa Central Gaúcha Ltda. (CCGL) já faz a rastreabilidade de bovinos de leite. Com isso, são 128.914 animais rastreados em 1.187 propriedades rurais.

Os debates sobre rastreabilidade integraram o segundo e último dia da programação do Milk Summit Brazil 2025, primeiro evento voltado à cadeia láctea no Estado. Promovido pelo governo do Estado, por meio da Seapi e pelo Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite do Rio Grande do Sul (Fundoleite), o encontro reuniu produtores, pesquisadores, empresas e entidades em um espaço de diálogo e articulação para o fortalecimento da produção leiteira gaúcha.

Texto: Ascom Seapi
Edição: Secom

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