Projetos negociados pela Sala do Investidor já somam R$ 44,6 bilhões
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Entrando em seu quarto ano de existência, a Sala do Investidor do Governo do Estado exibe uma carteira de projetos cujo volume de investimentos já alcança a marca de R$ 44,6 bilhões. “É surpreendente até para mim”, admite o titular da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), Mauro Knijnik, que coordenou os debates que culminaram com a criação da ferramenta.
A título de comparação, o maior investimento privado da história do Rio Grande do Sul, a quadruplicação da Celulose Riograndense, em Guaíba (ela mesma pactuada na Sala do Investidor), vai movimentar um valor de R$ 5 bilhões. Dividindo os R$ 44,6 bilhões pelos quatro anos da atual gestão, serão mais de R$ 10 bilhões - ou duas Celuloses Riograndenses - ao ano.
São 420 projetos de novos empreendimentos ou de ampliação daqueles já existentes, cuja oferta de emprego alcança a marca de 59 mil novos postos de trabalho no Estado.
A Sala do Investidor é um espaço onde se reúnem representantes do poder público e técnicos de planejamento com empresários interessados em desenvolver negócios no Estado. Sobre a mesa, são colocadas as necessidades burocráticas, financeiras e de infraestrutura para consolidar o empreendimento.
“Cada projeto possui um gerente dentro da SDPI responsável por acompanhar a execução do passo a passo, agilizando a instalação de empresas. Essa é uma ferramenta muito simples, mas é um baita sucesso”, comemora o secretário.
Da porta para fora e para dentro
Se por um lado a Sala do Investidor garante o relacionamento do governo com iniciativas externas à administração pública - os empresários -, por outro, a Sala de Gestão é responsável por amarrar todas as pontas dentro do Governo para que o desenvolvimento industrial se concretize. “Executamos ações concretas de desobstrução de projetos”, explica o secretário-geral de Governo, Vinicius Wu.
Vinculada diretamente ao governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, esse é o espaço onde são resolvidos impasses e dificuldades nos projetos do Executivo, sejam eles de ordem econômica, de infraestrutura e até sociais. “Nossa missão é fazer as devidas cobranças, acompanhar a agenda de diferentes órgãos para melhorar as políticas públicas”, resume Wu.
Crescimento industrial sustentado
Os recentes dados que apontam o Rio Grande do Sul como o Estado que mais cresce no Brasil (com PIB 5,8% superior ao de 2012 e desenvolvimento industrial de 6,8%) não são apenas resultados pontuais, afirmam ambos os secretários. “Estão diretamente relacionados a ações de governo que envolvem conjunto amplo de iniciativas”, avalia Wu. Não são somente as salas do Investidor e de Gestão, mas toda a Política Industrial do Estado, cujos 23 setores estratégicos vêm sendo responsáveis por diversificar a matriz produtiva e equilibrar o desenvolvimento regional do Rio Grande do Sul.
Há ainda o esforço para a qualificação da mão-de-obra no Rio Grande do Sul, realizado através do Pacto Gaúcho pela Educação Profissionalizante, Técnica e Tecnológica, que resultou na oferta de 232 mil vagas de formação profissional.
Outra importante ação do Executivo que pode explicar os atuais dados é, na opinião do secretário-geral de Governo, o desenvolvimento tecnológico induzido através da ampliação dos parques, incubadoras e pólos tecnológicos. “É uma estrutura que dá suporte para a ampliação continuada da produção”, conclui Wu.
Texto: Naira Hofmeister
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305