Projeto da plataforma P-63 é apresentado para o Conselho Portuário de Rio Grande
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O projeto da construção da plataforma P- 63 foi um dos principais assuntos tratados durante a 173ª reunião ordinária do Conselho de Autoridade Portuária do Porto do Rio Grande (CAP/Rio Grande), realizada nessa terça-feira (27), na Superintendência do Porto do Rio Grande (Suprg), com a presença da Quip. O encontro, solicitado pelo CAP, teve o intuito de esclarecer as dúvidas da comunidade portuária referente às operações da P-63, e a possível interrupção do tráfego aquaviário.
O gestor executivo da Quip, José Miguel Simão Filho, acompanhado do coordenador de Atividades Navais da Quip, Alexandre Barreto, explicou que não haverá interferências no tráfego. Durante sua apresentação, apontou as diferenças entre o projeto da plataforma P-53, já realizado, e da P-63.
A primeira diferença refere-se ao tamanho, sendo a P-63 menor do que a P-53: comprimento, P-63 - 334 metros e P-53 - 360 metros; boca, P-63 - 57,3 metros e P-53 - 60 metros; calado previsto para primeira atracação, P-63 - 6,5 metros e P-53 - 7,5 metros, e pontal, P-63 - 28,5 metros e P-53 - 29,1 metros. Além disso, a P-63 possui disponibilidade de máquinas e leme para manobrar o que não havia na P-53, que precisou de rebocadores para ser conduzida até o cais do Porto Novo. O canteiro de obras da Quip está instalado na ponta Sul, conhecido como cais público.
Além disso, estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) sobre o canal de acesso do Porto do Rio Grande e o tráfego aquaviário, aponta que a atracação da P-63 na ponta Sul do cais do Porto Novo não causará interferência no tráfego de embarcações. Outra novidade, é a não utilização de guindastes flutuantes para deslocar os módulos, o que ocorreu durante a construção da P-53, causando interrupções do tráfego no canal de acesso. Será instalado um guindaste de grande porte, fixado em terra, com capacidade de içamento de 3,5 mil toneladas e lança de 135m de altura.
O guindaste, que está em fase de produção na Holanda, demanda a construção de uma base de concreto com 90m largura e 90m de comprimento, junto ao cais do Porto Novo, com investimento de R$ 23 milhões. Com isso, as manobras para carregamento dos módulos da área de construção para o interior da P-63, não interferirão no tráfego aquaviário.
De acordo com o superintendente do Porto do Rio Grande, Jayme Ramis, a explanação da Quip, referente a plataforma P-63 foi muito produtiva. Foram esclarecidas todas as dúvidas e anseios de nossos operadores, que ficaram mais tranqüilos em relação a não interrupção do tráfego de embarcações no canal de acesso ao Porto Novo.
O diretor geral da Quip, Miguelangelo Thome, respondeu os questionamentos dos conselheiros do CAP. Entre eles, esteve o pedido de recuo da cerca instalada próximo ao cais modernizado do Porto Novo para separar a área de construção da Quip. Thome informou que, na próxima segunda-feira (2), será estabelecido cronograma para realizar o recuo de parte da cerca, o que facilitará a movimentação no cais dos caminhões que são utilizados nas operações dos navios.