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Profissionais de saúde e sociedade debatem estratégias para enfrentar a tuberculose

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Card Saúde
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Tuberculose é uma doença curável em praticamente todos os casos, desde que obedecidos os princípios básicos da terapia medicamentosa e o tratamento adequado. A informação é da pneumologista Carla Jarczewski, diretora do Hospital Sanatório Partenon (HSP), durante o evento Mostra de experiências exitosas na atenção às pessoas com tuberculose no Rio Grande do Sul, nesta terça-feira (24/9), em Porto Alegre.

O evento contou com 115 participantes e foi voltado a profissionais de saúde das redes estadual e municipal, além de representantes da sociedade envolvidos no tema. O objetivo, diz Carla, é a necessária troca de experiências sobre projetos exitosos desenvolvidos em diversas regiões do Estado, que podem auxiliar no enfrentamento da doença.

No Estado, a tuberculose é atendida nos Programas Municipais de Controle da Tuberculose, “mas poucos municípios realizaram a descentralização para atenção básica”, diz. Por conta disto, o Programa Estadual está trabalhando com as 19 Coordenadorias Regionais de Saúde, especialmente nas regiões onde os indicadores são mais preocupantes. Entre as populações mais vulneráveis estão as portadoras de HIV, as pessoas privadas de liberdade e as populações de rua.

Os índices de incidência de tuberculose no RS estão acima da média nacional. Enquanto no país são 2,2 casos de mortalidade por 100 mil habitantes, no Estado são 2,4. A pior situação se verifica na capital, com quase cinco casos por 100 mil habitantes. O percentual nacional de cura fica em 71,4% dos casos tratados; no RS o índice de cura é de 65% dos casos tratados. “O mínimo razoável é 85%”, explica Carla.

A presidente do Comitê Estadual de Enfrentamento à Tuberculose, Neusa Heinzelmann, destaca que a entidade “tem feito um esforço enorme” para melhorar os índices, especialmente na capital. “Desenvolvemos encontros como este, parcerias e estratégias conjuntas”. Carla jarczewski concorda que “o caminho é construir juntos”.

O HSP é referência no Estado para tratamento ambulatorial e hospitalar. A assistente social Elsa Roso, funcionária da instituição, estabeleceu uma relação entre tuberculose e desigualdade social. Ela destaca que a população em situação de rua, um dos grupos vulneráveis, tem crescido, fenômeno que pode se refletir em novos casos da doença.   

Texto: Ascom SES
Edição: Secom

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