Produção de vinho define sazonalidade da indústria de bebida
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A produção de bebidas é um dos setores da indústria gaúcha que apresentam sazonalidade mais marcante. A informação é da economista Áurea Corrêa Breitbach, da Fundação de Economia e Estatística, publicada na Carta de Conjuntura FEE. Segundo a economista, quando se compara a evolução anual do setor no Rio Grande do Sul com o mesmo setor em nível de Brasil, nota-se a repetida oscilação da curva da produção de bebidas no Estado, que, em função das safras de vinhos, tem seu pico no mês de abril. Tendo em vista que a colheita da uva se dá, geralmente, em fevereiro e, considerando que a fruta não pode ser estocada, seu processamento deve ser efetuado de imediato, gerando a sazonalidade do gênero bebidas, afirma. Áurea explica que, em termos de Brasil, ocorre, da mesma forma, uma influência sazonal, embora de envergadura bem menos significativa, crescendo no segundo semestre e atingindo seu ponto máximo no início do verão, devido à produção de refrigerantes e de cervejas. O Rio Grande do Sul seguiria praticamente a mesma trajetória, não fosse a peculiaridade de sua produção vinícola. A importância da produção de vinhos no Estado expressa-se, por um lado, no fato de que o Rio Grande do Sul é o grande produtor brasileiro, responsável por mais de 90% do vinho nacional. E, por outro lado, na relevância desse produto dentro do gênero bebidas, onde a fabricação de vinho detém 50% do faturamento e 61% do número de estabelecimentos.