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Presídio de Agudo é exemplo de inclusão social para apenados

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Segurança
Atividades incluem oficinas de música, artesanato, floricultura, horta e diálogos sobre temas variados - Foto: Divulgação/Susepe

O Presídio Estadual de Agudo, na Região Central, se destaca no Rio Grande do Sul por promover atividades de inclusão social para apenados de todos os regimes. As ações de tratamento penal são desenvolvidas por equipe técnica especializada, composta por psicólogo e assistente social, em parceria com agentes penitenciários, direção e administração do estabelecimento prisional.

Desde fevereiro de 2015, o psicólogo Luismar da Rosa Model atende individualmente aos apenados e familiares. Ao lado da assistente social Anelise Farias, promove um grupo semanal que incentiva os presos a dialogar sobre dependência química, relações pessoais e com a sociedade, convivência em família, trabalho e preparação à liberdade.

Música e artesanato inclusivos

A oficina de música ensina os presos do regime fechado a tocar instrumentos e conhecer teoria musical. A ação é organizada por um apenado que é profissional da área. Em outra oficina, aprendem sobre a técnica do artesanato, onde aprendem a confeccionar produtos e gerar renda. Na horta coletiva, produzem legumes para alimentação interna. O excedente é doado a presídios da região, escolas e Unidade de Saúde Básica.

Em parceria com a Floricultura Imigrante, os apenados montam caixas para acondicionar as mudas vendidas no comércio. Em contrapartida, recebem mudas para a horta. O trabalho tem o apoio da Secretaria de Desenvolvimento e Habitação de Agudo.

Model explica que a função das casas prisionais, além do cumprimento da pena, é garantir legalmente a inclusão social do preso. Segundo o psicólogo, as condições da unidade influenciam na alta taxa de reincidência prisional. "O preso passará muito tempo no local. Portanto, há necessidade de oferecer atividades que melhorem sua situação", acrescentou.

Apoio da sociedade 

Todas as atividades inclusivas são voltadas para que o preso não volte a delinquir. Para Model, o trabalho de recuperação precisa de apoio da sociedade e do município. "Se todas as portas se fecharem, com certeza, quando a liberdade chegar, novos crimes poderão vir junto", ressalta. "Lembramos da cadeia apenas quando nos referimos a fugas, motins ou revistas gerais. Não esqueçamos que também acontecem coisas positivas e bons projetos para ajudar as pessoas", concluiu.

Texto: Neiva Motta/Ascom Susepe
Edição: Gonçalo Valduga/Secom

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