Um dos principais organizadores do movimento de intelectuais contrários à extinção de nove fundações do Estado, o professor e escritor Luís Augusto Fischer foi recebido, nesta quinta-feira (19), pelo presidente da Fundação Piratini, Orestes de Andrade Jr., que explicou o projeto de Novo Estado do governo Sartori. Entre os principais objetivos do projeto, estão a eliminação de sobreposições de funções (como órgãos administrativos e burocráticos em todas as fundações), com a garantia da prestação dos serviços.

"Muito além de economizar, o governo quer entregar um serviço público mais eficiente aos cidadãos, preservando e fortalecendo a atividade-fim das fundações. É isso que vamos fazer na Fundação Piratini, que será extinta em 180 dias, mas que pode ter a continuidade das operações da TVE e da FM Cultura", explicou Orestes Jr.

Segundo o professor Fischer a intenção no encontro foi aproximar o debate e falar da carta endereçada ao governo do Estado, por um grupo de intelectuais e artistas gaúchos. "Faltou transparência no processo. Além disso, temos preocupações referentes ao futuro da pesquisa, da cultura e do patrimônio dessas fundações", disse. "Para além da divergência política, o diálogo foi um gesto bacana e respeitoso", concluiu.

Em resposta, Orestes Jr. disse que o governo deu 30 dias para um amplo debate na sociedade sobre o projeto de Novo Estado, e quanto ao acervo da Fundação Piratini, está assegurada a sua preservação.

Ficou acertada uma nova reunião com um grupo maior de intelectuais e artistas contrários às extinções das fundações. "Queremos manter o diálogo, com a máxima transparência possível", afirmou Orestes Jr.


Texto: Ascom Fundação Piratini
Edição: Secom