A Palfinger Koch Montagens Industriais, joint-venture do grupo austríaco Palfinger com a gaúcha Koch Metalúrgica, lançou nesta quinta-feira (26) a pedra fundamental de sua fábrica de guindastes offshore. O evento marcou também o pontapé inicial do Polo Naval do Guaíba, criado no início do ano pelo Governo do Estado.

A unidade já nasce com um contrato de US$ 90 milhões, referentes a 28 guindastes para sete navios-sonda construídos pelo estaleiro Jurong Aracruz, no Espírito Santo. Essa parceria teve a Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI) como indutora, uma vez que representantes da agência identificaram a intenção da Palfinger de ingressar no mercado brasileiro durante a Offshore Europe 2011, em Aberdeen, na Escócia.

Depois de assistirem a uma apresentação sobre o Rio Grande do Sul, integrantes da empresa procuraram potenciais parceiros gaúchos, processo que culminou na joint-venture com a Koch. "Essa parceria significa ter tecnologia europeia na construção desses equipamentos em solo gaúcho, o que contribui para um significativo ganho de qualidade na produção local", afirma a diretora adjunta de Promoção Comercial e Atração de Investimentos da AGDI, Daniela Eckert.

Um dos principais articuladores do processo, o vice-governador Beto Grill, também participou da cerimônia. Grill visitou a sede da Palfinger em Salzburgo, na Áustria, no último mês de março, onde se reuniu com executivos e conheceu de perto os processos de fabricação e montagem dos guindastes e também o programa de capacitação profissional para jovens da empresa.

Grill destacou a importância do empreendimento para consolidação da indústria oceânica na Capital. "Este é o resultado de um esforço conjunto entre as empresas, o Estado e o município de Porto Alegre. Trata-se de um case estratégico para a promoção do potencial gaúcho no setor", afirmou.

RS Indústria Oceânica
A criação do Polo Naval do Guaíba, que abrange áreas na linha d'água da Capital e do município de Guaíba, faz parte da estratégia de descentralização do desenvolvimento promovida pelo programa RS Indústria Oceânica. Uma vez instaladas nas margens do Guaíba, as empresas se beneficiam da infraestrutura e da mão de obra disponíveis na Região Metropolitana, e o Comitê Gestor do RS Indústria Oceânica fica responsável pela definição de espaços prioritários para instalação das indústrias.

Texto: Bianka Nieckel
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305