Nesta quinta-feira (21), será assinado o Termo de Cooperação Interinstitucional entre Emater/RS-Ascar, Frigorífico Mercosul, Secretaria da Agricultura e Abastecimento e Banco do Brasil (BB). O objetivo é valorizar o gado rastreado com sangue de genética britânica, requisitos que representaram aos criadores o recebimento de cotação adicional pela carne mais nobre. A parceria, pioneira no Estado, incentivará o melhoramento do rebanho bovino. O ato de assinatura ocorre às 16h30min, no escritório do Frigorífico Mercosul, em Porto Alegre (avenida Mauá, 50). Participam o presidente da Emater/RS, Ricardo Schwarz, o diretor técnico da Instituição, Dirlei Matos de Souza, o diretor do Mercosul, Mauro Pils, e representantes da Superintendência Estadual do BB. O termo prevê a compra, pelo frigorífico, de terneiros, principalmente de plantéis pertencentes a pequenos e médios produtores do Estado. A cotação do quilo do boi tipo exportação terá um plus para animais que apresentarem algum grau de sangue britânico, produtos que o mercado têm procurado por ser carne mais valorizada. Este será um diferencial na transação, aponta a veterinária da Emater/RS-Ascar Sônia Desimon. Normalmente o valor médio pago pelos animais é inferior, mas, com esse incentivo, será possível repassar ao produtor de terneiros parte do diferencial pago pelo gado de exportação, sistema que antes beneficiava apenas o invernador, salienta a veterinária. Além disso, o pecuarista terá seu gado rastreado e estará livre do pagamento de despesas com transporte. A Secretaria da Agricultura oferece exames sanitários e sêmen de raças britânicas adquiridos por meio de parcerias firmadas com associações de raças. Já à Emater/RS-Ascar cabe a organização dos grupos de produtores interessados que devem ter assistência técnica da entidade. E o BB abrirá linhas de financiamento especiais para a compra de reprodutores e para a alimentação dos animais. Para o diretor técnico da Emater/RS, a assinatura do termo será o impulso que o produtor gaúcho estava precisando para voltar a investir no melhoramento genético. Nossos criadores deixaram de investir por falta de retorno financeiro e o nosso rebanho estava perdendo muito em qualidade. Estamos buscando, por meio desse termo, retomar os investimentos do setor, destaca Souza. O Rio Grande do Sul possui um rebanho de aproximadamente 14 milhões de cabeças, localizadas principalmente na Metade Sul, plantel que, com a iniciativa, registrará melhoramento genético. Os criadores interessados em aderir ao sistema deverão procurar os escritórios da Emater/RS-Ascar no Estado.