Ópera Açoriana será apresentada na segunda-feira em frente ao Palácio
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Nesta segunda-feira (09), às 20h, em frente ao Palácio Piratini, o público gaúcho assistirá a um espetáculo que vai marcar as artes cênicas do Estado: a Ópera Açoriana, com a representação do espírito aventureiro desse povo, sua relação dúbia com o mar e a chegada ao Rio Grande do Sul.
O arquipélago dos Açores sempre enfrentou uma luta com a natureza devido aos constantes tremores de terra e o forte sentido de solidão dessas nove ilhas cercadas pelo oceano. Esta história será representada por nove bailarinas, em andaimes formando nove ilhas dançantes. A Ópera Açoriana é uma coreografia simbólica, uma performance de forte impacto visual, com textos baseados na literatura açoriana que representam a poesia da alma desse povo e sua importância no imaginário do Rio Grande do Sul, para resgatar e valorizar as relações do povo na formação dos hábitos e da cultura do Estado.
O símbolo e a origem do nome das ilhas vêm do pássaro açoriano, na Ópera este símbolo se dá na ousadia de belos voos de rapel cênico para personificar o espírito desbravador dos açorianos. Os açorianos acreditam serem herdeiros do povo de Atlântida e esta crença dará o tom fantástico para a encenação que busca refletir sobre a mitologia heroica desse povo e seus paradoxos de luta e amor pela natureza.
A trilha é uma releitura contemporânea da sonoridade musical açoriana, enquanto o desenho de luz e as coreografias buscam refletir a relação dos ilhéus com o mar, sua mitologia, com os tremores e erupções vulcânicas das ilhas.
O povoamento
A chegada dos açorianos no Rio Grande do Sul é um marco histórico da formação de nossa cultura e costumes, constituindo um referencial simbólico que ajudou na formação de nossa cultura. Há 263 anos, exatamente em 1751, ocorreu a primeira vinda de açorianos para o Rio Grande de São Pedro, com sessenta casais com filhos, cerca de 300 pessoas ao todo, que constituíram o primeiro legado de heranças do nosso estado.
Acordo binacional
No dia 3 de maio de 2013, em Lisboa, os governos de Açores e do Estado do Rio Grande do Sul assinaram um Protocolo de Cooperação, a fim de firmar compromisso para aproximação e intercâmbio através de ações comemorativas para aprofundar relações políticas, culturais, comerciais, empresariais e turísticas. Este protocolo foi assinado pelo subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas, Rodrigo Oliveira, em representação do Presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, pelo governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e pelo secretário de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul, Assis Brasil.
A Ópera Açoriana faz parte das ações deste protocolo. Dia 19 de junho, a Ópera será apresentada em Ponta Delgada, nos Açores.
Ficha Técnica:
Direção, roteiro e texto final: Marcelo Restori. Revisão de texto: Luiz Antonio de Assis Brasil.
Atrizes: Carla Cassapo e Gabriela Chutz Performers de rapel cênico: Juliana Coutinho (ex-integrante do Cirque du Soleil) e Olena Gradynar (circense ucraniana) Bailarinas: Aline Karpinski, Camila vergara, Carol Martins, Cris Eifler, Gisele chagas, Iandra Cattani, Ju Rutkowski, Mariana Konrad e Manu Albrecht.
Coreografias: Aline Karpinski. Cenografia: Luiz Marasca. Coreografia, preparação e montagem de rapel cênico: Jeremias Lopes. Desenho de luz: Veridiana Matias. Trilha sonora: Cláudio Bonder. Figurinos: Daniel Lion. Pesquisa açorina: Gabriela Silva. Produção: Roze Paz e Suzana (SM-EVENTOS)
Texto: Maria Emilia Portella
Edição: Redação Secom (51)3210-4305