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Novo Atlas de Risco a Inundações apresenta diagnóstico atualizado de áreas vulneráveis no RS

Documento reúne dados sobre frequência, impactos e vulnerabilidade dos municípios às inundações

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Foto posada de oito pessoas em ambiente fechado, numa sala de exposição no simpósio. A pessoas estão de pé e usam crachá, e encontram-se próximas a uma mesa baixa com livros e folhetos e a uma TV ao fundo.
Atlas foi lançado durante 26º Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, em Vitória (ES) - Foto: Ascom Sema

O Governo do Rio Grande do Sul está contando, desde terça-feira (25/11), com um novo diagnóstico técnico sobre as áreas suscetíveis a inundações no Estado. Lançado durante o 26º Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos, em Vitória (ES), o Atlas de Risco a Inundações do RS foi desenvolvido pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), a Defesa Civil Estadual e o Serviço Geológico do Brasil (SGB).

O estudo é uma atualização do Atlas de Vulnerabilidade a Inundações, publicado pela ANA em 2014, e previsto no Plano Nacional de Recursos Hídricos. O documento visa indicar as cidades com maior risco de inundação. Para isso, reúne informações sobre a frequência e os impactos das cheias em áreas urbanizadas situadas ao longo dos rios em cada município do Estado, de modo a auxiliar na priorização de medidas para prevenção e mitigação de impactos e embasar políticas públicas.

A titular da Sema, Marjorie Kauffmann, destaca que o atlas oferece uma base técnica sólida para qualificar as políticas públicas e aprimorar a prevenção. “O estudo é resultado de um grande esforço conjunto e será decisivo para apoiar os municípios na construção de estratégias mais eficazes diante dos eventos meteorológicos extremos”, avalia.

O documento oferece subsídios estratégicos para definição de prioridades de investimento, elaboração de planos de contingência, instalação ou melhoria de sistemas de alerta, construção de obras de proteção, zoneamento de áreas de risco e fortalecimento da gestão integrada entre Estado e municípios.

Dados obtidos

O levantamento revela que 346 municípios do RS, cerca de 70% de todo o Estado, apresentam risco significativo de inundações ou enxurradas. Entre os 346 municípios analisados, o estudo identificou:

  • 43 com risco muito alto;
  • 82 com risco alto;
  • 108 com risco médio;
  • e 113 com risco baixo.

As regiões com maior concentração de risco são a Bacia do Guaíba, abrangendo rios como Sinos, Caí, Gravataí e Taquari-Antas e a calha do rio Uruguai, incluindo municípios como Uruguaiana, Itaqui, São Borja e Porto Xavier.

Para classificar o risco municipal, o novo atlas utilizou três abordagens complementares:

  • manchas de inundação geradas por simulações hidrológicas;
  • método hidrológico, que cruza dados de vazões e eventos registrados;
  • e análise qualitativa baseada no histórico de desastres do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2Id).

A classificação final considera sempre o maior risco identificado, garantindo uma abordagem conservadora e alinhada à segurança da população. O estudo contou com a colaboração da Defesa Civil e da Sema, que incorporaram dados locais e informações sobre vulnerabilidade e resiliência dos municípios.

Recomendações para o futuro

O RS foi escolhido para iniciar a atualização nacional do atlas após as cheias registradas em 2023 e, especialmente, em 2024, consideradas entre os eventos hidrológicos mais graves já observados no Brasil. A publicação busca fortalecer e acelerar a implementação de políticas públicas e investimentos voltados à prevenção e redução de riscos e danos provocados por enxurradas e inundações, alinhando-se ao objetivo da Política Nacional de Recursos Hídricos e do Plano Rio Grande.

Liderado pelo governador Eduardo Leite, o Plano Rio Grande é o programa de Estado criado para proteger a população, reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.

Texto: Tamires Tuliszewski/Ascom Sema
Edição: Felipe Borges/Secom
 

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