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MEI RS Calamidades impulsiona retomada de pequenos negócios no Vale do Taquari

Na região, mais de 2 mil microempreendedores já foram beneficiados e mais de 750 estão inscritos para segunda fase do programa

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A foto mostra um homem concentrado no conserto de um equipamento eletrônico. Ele usa um multímetro para fazer medições em uma placa de circuito sobre uma bancada de trabalho. Veste moletom vermelho e óculos.
Além de recursos financeiros, programa visa a oferecer condições de retomada e crescimento por meio de consultoria especializada - Foto: Mauro Nascimento/Secom

Os microempreendedores individuais atingidos pelas enchentes de 2024 no Rio Grande do Sul estão reerguendo seus negócios com o apoio do Programa MEI RS Calamidades, criado pelo governo Leite. No Vale do Taquari, uma das regiões mais afetadas, mais de 2 mil microempreendedores foram beneficiados na primeira fase do programa. As inscrições para a segunda etapa foram prorrogadas até 30 de novembro.

Em todo o Estado, mais de 22,6 mil MEIs foram contemplados na primeira fase e calcula-se que mais 12 mil deverão receber o auxílio na segunda. Além de recursos financeiros, o programa visa oferecer condições de retomada e crescimento.

Dividida em três etapas, a iniciativa disponibiliza: um auxílio de R$ 1.500 para todos os selecionados; uma consultoria oferecida pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS); e, por fim, uma segunda parcela de R$ 1.500, pelo Banrisul, desde que tenham finalizado a consultoria e abram uma conta empresarial gratuita no banco.

A divulgação dos candidatos contemplados desta segunda etapa será em 19 de dezembro. Os microempreendedores não habilitados poderão apresentar recursos no período de 25 a 31 do mesmo mês. Já o depósito da primeira parcela será em 16 de janeiro.

Um casal está sentado lado a lado em um ambiente doméstico. Ambos olham para a câmera, com expressão serena. Entre eles há uma garrafa térmica vermelha e a mulher segura uma cuia de chimarrão.
Consultoria e apoio financeiro ajudaram o casal Margarete e Emílio Berté, de Arroio do Meio, a retomar atividades profissionais - Foto: Mauro Nascimento/Secom

Retomada

No município de Arroio do Meio, o programa ajudou o casal Margarete e Emílio Berté a retomarem seus negócios. Margarete é agente de turismo e Emílio, professor de música. Após terem perdido tudo em razão das enchentes, eles conseguiram dar a volta por cima e destacam a importância da consultoria e do apoio financeiro.

“Eu consegui comprar a aparelhagem que eu precisava para trabalhar, como microfones e pedestais, porque havia perdido tudo. E o curso me ajudou a abrir caminhos para que eu pudesse continuar. Além disso, aprendi coisas novas, a exemplo da importância de ter um perfil profissional nas redes sociais”, afirmou Emílio.

“O governo está ajudando bastante, tanto na parte financeira como na instrução. Na consultoria, o professor auxiliava, orientava, mostrava caminhos. Ele nos falou, por exemplo, sobre organização financeira. Trouxe coisas que eu não tinha tanta clareza e ajudou muito”, disse Margarete.

Uma mulher sorri segurando um copo de açaí bem decorado com pedaços de morango no topo. Ela usa luvas pretas e uniforme lilás com o nome de sua empresa estampado, além de um lenço colorido na cabeça com estampas de morangos.
Raquel recebeu apoio para abrir uma loja de açaí em Roca Sales - Foto: Mauro Nascimento/Secom

Recomeço

Em Roca Sales, a microempreendedora Raquel Lima também conseguiu se reerguer a partir do programa. Em 2023, ela havia aberto uma loja com perfumes, maquiagens e outros produtos. Pouco tempo depois, a enchente levou tudo, impossibilitando que continuasse com o negócio. Foi quando decidiu investir numa loja de açaí.

“Foi tudo destruído quando veio a enchente. Depois de tudo o que aconteceu, eu resolvi aproveitar o calor do verão e montei a loja de açaí. Deu certo. Realizei minha inscrição no MEI RS. Fiz as mentorias para me ajudar a prosseguir. Aprendi bastante sobre fluxo de caixa e organização e recebi os auxílios de R$ 1,5 mil. Isso me ajudou e foi muito importante para comprar aquilo que precisava. Cada dia que passa, está melhorando. Estou me estruturando mais”, contou Raquel.

Aprendendo a empreender melhor 

Em Lajeado, o casal João Luís e Marisa Martins, que retomou sua oficina de eletrônica, também contou com o auxílio do MEI RS Calamidades. Eles tinham uma casa de dois pisos, onde moravam e mantinham seu negócio. Com as enchentes, perderam a casa e os equipamentos e ficaram sem local de trabalho. Depois de meses parados, alugaram um apartamento para morar e um espaço para recomeçar seu empreendimento.

“Aprendemos muita coisa que não sabíamos. O professor, muito qualificado, explicou tudo muito bem e se colocou à disposição para tirar dúvidas. Valeu a pena. Nos ajudou a crescer mais. Além disso, com os R$ 3 mil, compramos equipamentos essenciais e materiais para a nossa oficina. Ajudou bastante”, relatou Marisa.

Um casal sorri atrás de um balcão simples em uma pequena loja de consertos. À frente deles estão dispostos alguns objetos eletrônicos como rádios antigos, um DVD player e um secador de cabelo vermelho. Ao fundo, a parede exibe peças e acessórios organizados em ganchos.
Em Lajeado, João Luís e Marisa Martins reabriram a oficina de eletrônica da família com o auxílio do MEI RS Calamidades - Foto: Mauro Nascimento/Secom

MEI RS Calamidades

O programa MEI RS Calamidades foi lançado pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Profissional (STDP). Com investimentos de até R$ 127 milhões, a iniciativa conta com recursos do Pix SOS Rio Grande do Sul e do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs).

Para participar, os interessados devem cumprir alguns critérios, como:

  • Ter o endereço cadastrado em município com estado de calamidade decretado e na mancha de inundação;
  • Estar com o CNPJ ativo e o CPF regular;
  • Ter faturamento nos anos de 2023 ou de 2024;
  • Não ter sido beneficiado previamente por outro programa do Estado para atingidos pelos eventos meteorológicos.

A ação integra o Plano Rio Grande, programa de Estado liderado pelo governador Eduardo Leite, criado para proteger a população, reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.

Investimentos do Plano Rio Grande

Série de reportagens percorre regiões gaúchas e mostra histórias reais de quem vivencia os benefícios dos investimentos do Plano Rio Grande, com a melhoria na segurança, na economia e no dia a dia da população.

Texto: Juliana Dias/Secom
Edição: Anderson Machado/Secom

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