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Margs expõe clássicos de seu acervo

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O acervo do Margs Ado Malagoli está exposto em um recorte de 18 obras de importantes artistas locais e nacionais. A mostra pode ser conferida no segundo pavimento do museu, de terças a domingos, das 10h às 19h, com entrada franca. Pinturas de Portinari, Weingärtner, Di Cavalcanti, Heitor dos Prazeres, Ado Malagoli, João Fahrion e Leopoldo Gotuzzo, entre outros, representam algumas das telas de maior relevo do acervo de quase três mil obras. Abaixo, mais informações sobre cada um dos artistas que participam da exposição.

Ado Malagoli (1906-1994), Gato Preto, 1954, óleo sobre tela - Malagoli fez parte do Núcleo Bernardelli e do Grupo Santa Helena. Foi professor no Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul e lutou pela criação e aquisição do acervo do Margs. É considerado um dos mestres da pintura brasileira contemporânea.

Alice Soares (1917), Natureza morta, 1954, óleo sobre tela - Alice esteve presente na 1ª Bienal de Artes de São Paulo. Sua obra é figurativa e mostra um desenho leve e delicado. Os 50 anos de sua vida artística são tema do livro Alice & Alice.

Arthur Timótheo da Costa (1882-1923), Dama de Branco, 1906, óleo sobre tela - A Dama de Branco é um dos ícones do Museu, sendo um dos quadros mais apreciados pelos freqüentadores do Margs. Arthur Timótheo da Costa dedicou-se principalmente ao retrato e à paisagem. Sua pintura é realista e sensível à luminosidade impressionista, em uma época de transição entre o academicismo e o modernismo. O artista é considerado um dos exemplos de afirmação da arte nacional.

Cândido Portinari (1903-1962), O menino do papagaio, 1954, óleo sobre tela - O artista é considerado um dos maiores expoentes da arte brasileira. Influenciado por correntes modernas, dedicou sua atenção ao homem e a temas sociais. Suas obras fazem parte do acervo de importantes museus nacionais e internacionais.

Carlos Petrucci (1919), Prédio da Farmácia Carvalho, 1977, têmpera encerada sobre papel - Colega de Vasco Prado, Petrucci foi um dos fundadores da Associação de Arte Francisco Lisboa, criou o Salão Cidade de Porto Alegre e tem preservado a memória da Capital gaúcha que existe na lembrança de poucos.

Carlos Scliar (1920-2001), Natureza Morta, 1960, têmpera encerada sobre tela - Ilustrador da histórica Revista do Globo de Porto Alegre, Scliar teve sua obra marcada pela experiência na guerra, quando foi pracinha da Força Expedicionária Brasileira. Foi um dos fundadores do Clube da Gravura de Porto Alegre.

Edi Gomes Carôllo (1921-2000), Praça em Paris, 1956, óleo sobre tela - A pintura do artista se caracterizou pela fidelidade ao real, abordando o gaúcho, as cenas do interior mineiro e o cotidiano de Paris, onde morou na década de 50. Era filho e discípulo do pintor Sobragil Gomes Carôllo.

Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976), Colonas, 1940, óleo sobre tela - A afirmação artística do caricaturista carioca deu-se durante a revolução modernista de 1922. Foi influenciado por Picasso, traduzindo para o gênero mulato as mulheres clássicas do artista espanhol. A figura feminina é uma constante em sua obra, assim como as cenas, o carnaval e a vida boêmia do Rio de Janeiro.

Glênio Bianchetti (1928), Lázaro, 1959, têmpera sobre madeira - Considerado um dos principais nomes do expressionismo figurativo brasileiro, Bianchetti estudou artes plásticas no Instituto de Artes da Ufrgs. Foi um dos fundadores do Clube de Gravura, responsável pela difusão da gravura no RS e no Brasil.
 
Heitor dos Prazeres (1898-1966), Frevo, s/data, óleo sobre tela - Pintor autodidata, Heitor dos Prazeres pintou motivos ligados ao samba, a vida do carioca, as favelas, o malandro e as mulatas. Seus personagens estão em movimento, sempre dançando. Foi um pintor do povo e fazia arte para o povo.

Henrique Bernardelli (1857-1936), Perfil, 1913, óleo sobre tela - O artista chileno, veio para o Brasil ainda criança e estudou na Academia Imperial de Belas Artes, formando uma obra vigorosa e original.

Iberê Camargo (1914-1994), Figura em tensão, 1969, óleo sobre tela - Expoente da pintura brasileira, Iberê deixou a Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro para fundar um grupo sob a orientação do mestre Guignard. Em 1961 ganhou o prêmio de melhor pintor nacional na 6ª Bienal de SP. Sua obra estende-se do figurativo ao abstrato, passando por várias fases.

João Fahrion (1898-1970), O Vestido verde, 1955, óleo sobre tela - Fahrion foi ilustrador da Editora Globo e executou os painéis do Instituto de Belas Artes e da Reitoria da UFRGS. Na pintura privilegiava o retrato e a sensualidade do seu tema favorito: a figura feminina.

Lasar Segall (1881-1957), Mãe morta, 1940, óleo sobre tela - Segall juntou-se ao grupo expressionista alemão em 1911 e foi um dos introdutores da corrente no Brasil. Também foi um dos fundadores da Sociedade Paulista de Arte Moderna.

Leopoldo Gotuzzo (1887-1983), Almofada amarela, 1923, óleo sobre tela - Um dos mais importantes pintores da Belle Époque, Gotuzzo foi notável como pintor e desenhista de nus femininos. Foi patrono da Escola de Belas Artes de Pelotas e não chegou a conhecer o Museu Leopoldo Gotuzzo, para o qual trabalhou muitos anos selecionando e reunindo obras.

Libindo Ferrás (1877-1951), Riacho, 1928, óleo sobre tela - Ferrás estudou pintura em Florença e foi um dos fundadores do Instituto de Belas Artes de Porto Alegre. A natureza é seu tema preferido, onde faz uso de coloridos terrosos e verdes crus, conseguindo belos efeitos de luz e contrastes.

Pedro Weingärtner (1853-1929), Tempora Mutantur, 1898, óleo sobre tela - Expoente da pintura gaúcha, Weingärtner pintou cenas da vida dos colonos riograndenses e paisagens da zona da serra com riqueza de detalhes. Deixou um acervo riquíssimo de retratos, registrando tipos humanos e paisagens da área rural.

Trindade Leal (1927), Ginete, 1955, óleo sobre tela - O pintor, desenhista e gravador autodidata freqüentou a Sada (Sociedade Amigos da Arte) e viajou por várias cidades do Brasil e do Exterior, entrando em contato com diversas expressões artísticas. Sua obra mostra o cotidiano cultural regional do pampa, usando uma linguagem própria e contemporânea.

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