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Manoelito de Ornellas é tema de Painel na Biblioteca Pública no seu centenário

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A Secretaria da Cultura através da Biblioteca Pública do Estado (Rua Riachuelo, 1190, centro), realiza, no dia 17 de fevereiro, às 18h30min, abertua de exposição e painel Vida e Obra de Manoelito Ornellas - Centenário de Nascimento, no Salão Mourisco da BPE. O evento contará com os painelistas: Dilan Camargo (escritor e poeta), Lilia Pinto de Ornellas (filha de Manoelito de Ornellas), Valter Galvani (escritor e jornalista) e Landro Oviedo (escritor e professor). A homenagem contará ainda com o poeta José Machado Leal que irá recitar poesias de Manoelito de Ornellas ao som do violão de Jader Leal. Também estará presente Manoelito Savaris, representante do Movimento Tradicionalista Gaúcho - MTG. Manoelito de Ornellas foi um cidadão da cultura e das letras do Rio Grande do Sul. Nascido em 17 de fevereiro de 1903, na cidade de Itaqui, à margem do Rio Uruguai, foi jornalista, escritor e professor. Em 1938 assumiu o cargo de diretor da Biblioteca Pública do Estado, em seguida foi eleito presidente da Associação Rio-grandense de Imprensa, substituindo o escritor gaúcho Érico Verissimo. Publica livros de poesia como Rodeio de Estrelas e Arco-Íris, em 1934 lançou a monografia sobre a história da região missioneira chamada Tupaciretã, que lhe proporcionou uma cadeira no Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. No ano de 1942, no governo do presidente Getúlio Vargas, Manoelito Ornellas foi diretor de Imprensa e Propaganda no Rio Grande do Sul, sua contribuição foi direta na contenção de uma censura que asfixiava a liberdade do pensamento impresso no Brasil. A repercussão nacional no campo literário veio em 1943, com o livro Símbolos Bárbaros, que, tendo êxito junto à crítica, também auxiliou na expansão do chamado Movimento Tradicionalista, hoje concretizado no Estado. A obra Caminhos do Brasil, de 1944, foi anexada aos estudos em torno do processo político que modificou o sistema brasileiro, abolindo o Império, no Prêmio do 50º da República do Brasil, oferecido pelo Ministério do Exterior. Gaúchos e Beduínos, publicado em 1948, figura na bibliografia de Nelson Werneck Sodré como uma das dez obras fundamentais ao estudo da sociologia no Sul do país, e em 1959, foi incluída oficialmente no índice Histórico Espanhol sob a orientação do Dr. Guillermo Cespedes, catedrático da Faculdade de Letras de Sevilla. Intelectual que colecionou distinções e medalhas, Manoelito de Ornellas também recebeu, em 1968, o Prêmio Joaquim Nabuco da Academia Brasileira de Letras, para o livro Máscaras e murais da minha terra. Como professor, exerceu cátedras de Literatura Hispano-Americana, Cultura Ibérica e História da Arte em universidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Na UFRGS, ministrou cursos sobre arte bizantina e arte islâmica, o que lhe possibilitou ser convidado para palestras e conferências em diversas faculdades do país. Ao longo de sua carreira como jornalista, Manoelito de Ornellas trabalhou em jornais como Correio do Povo (Porto Alegre) e Jornal da Manhã, foi redator-chefe de A Federação e articulista do Diário de São Paulo. O governador do Estado, Germano Rigotto, e o Secretário de Cultura, Roque Jacoby, junto com o Diretor-Geral, Dilan Camargo, prestam uma homenagem digna a um homem que dedicou sua vida à cultura, ao conhecimento do Rio Grande do Sul e ao país.
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