Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Início do conteúdo

Industria eletrônica é destaque na Carta de Conjuntura da FEE

Publicação:

Economistas Róber Iturriet Ávila, Fernanda Queiroz Sperotto e Cecília Rutkoski Hoff, apresentam suas análises no documento
Economistas Róber Iturriet Ávila, Fernanda Queiroz Sperotto e Cecília Rutkoski Hoff, apresentam suas análises no documento - Foto: FEE/Divulgação

A Carta de Conjuntura, edição de agosto, apresenta como destaque o texto da Economista e Pesquisadora da Fundação de Economia e Estatística (FEE), Fernanda Queiroz Sperotto, sobre a indústria eletrônica no Rio Grande do Sul e no Brasil. A divulgação ocorreu nesta quinta-feira (14), na sede da FEE, vinculada à Secretaria Estadual do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã.

No texto, intitulado "Um giro pelos circuitos eletrônicos brasileiro e gaúcho", a pesquisadora aborda a importância da indústria eletrônica no Rio Grande do Sul (RS) e no Brasi. Ela apresenta uma avaliação sobre o complexo eletrônico como um dos setores produtivos mais dinâmicos da economia atual. Segundo a pesquisadora, nele estão inseridas indústrias como as de informática, bens eletrônicos de consumo, aparelhos de telecomunicações, componentes eletrônicos, assim como atividades de desenvolvimento de software e serviços afins.

O estudo destaca os EUA, a Europa e a Ásia (leia-se China, Coreia do Sul, Japão e Taiwan) como referências das principais empresas do setor. Já o Brasil, ocupa  uma posição periférica. Sua expansão da produção de bens eletrônicos nos últimos anos está resumida à montagem de commodities eletrônicas, baseada na importação de kits de componentes.

Segundo  a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), em 2013 o déficit comercial do complexo eletrônico foi de US$ 36,2 bilhões e, para 2014, estima-se que este chegará a US$ 38,6 bilhões. Entre os itens que mais oneram a balança, estão os semicondutores (chips) e outros componentes para telecomunicações, ambos diretamente influenciados pela rápida expansão das tecnologias de informação e comunicação (TICs).

Como alternativa, para contornar os gargalos do setor, o Governo Federal, através do Ministério da Ciência e Tecnologia, concebeu um conjunto de medidas, aplicado a vários setores do complexo eletrônico no País.

Já o  Rio Grande do Sul,  aparece como o terceiro maior polo de produção de componentes eletrônicos, sendo superado apenas por São Paulo e Amazonas. Dados da Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego (RAIS-MTE), em 2012, apontam que o setor gaúcho de componentes possuía 4.129 trabalhadores, distribuídos em 103 estabelecimentos. Os investimentos ocorridos, no Estado, nos últimos cinco anos, estão aumentando a cadeia gaúcha de chips, contemplando desde a etapa de design e produção de wafers até o seu encapsulamento.

Dentre os demais assuntos abordados nesta edição da Carta de Conjuntura, estão ainda, "A imigração dos ganeses no RS"; "A política estadual de apoio à agricultura familiar"; "O potencial de crescimento da indústria automobilística no Brasil"; "A distribuição espacial da produção leiteira gaúcha"; "PIB e população nas mesorregiões do Rio Grande do Sul 2001 - 2011" e "Desigualdade no Brasil e no mundo".

Texto: Regina Farina

Portal do Estado do Rio Grande do Sul