Governo Rigotto aposta no RS como pólo internacional de gemas e jóias
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O Governo do Estado avançou mais uma etapa no sentido de transformar o Rio Grande do Sul em pólo de produção de gemas e jóias do Brasil e do Mercosul, envolvendo todas as fases da cadeia produtiva - desde a pesquisa geológica até a confecção de artigos manufaturados, passando pela lapidação e ourivesaria de pedras preciosas e semipreciosas - ao anunciar hoje (18), em Lajeado, investimento de R$ 100 mil para a implantação do Projeto de Acompanhamento do Programa em Rede do Centro Tecnológico Arranjo Produtivo Local Gemas e Jóias. A iniciativa do Palácio Piratini foi oficializada durante o Fórum de Competitividade da Cadeia Produtiva de Gemas e Jóias e está direcionada à pesquisa científica, agregação de valores aos produtos e geração de novos empregos nas regiões de Vale do Taquari, Serra, Alto da Serra do Botucaraí, Médio Alto Uruguai e Fronteira Oeste. Durante o evento, foi inaugurada a primeira fábrica de lapidação tipo cabuchão no RS, equipada com tecnologia de ponta, recém produzida no Estado, oportunizando 15 novos empregos diretos. A participação do Governo do Estado no Centro de Lajeado se dará através do financiamento de R$ 200 mil para cobrir custos de planejamento e montagem da proposta, a cargo da Univates e da Ufrgs, com participação de consultores europeus. Os recursos iniciais foram obtidos junto a fundos setoriais da Finep, que promove e financia a inovação e a pesquisa científica e tecnológica em organizações privadas, universidades, institutos tecnológicos, centros de pesquisa e outras instituições públicas ou privadas, mobilizando recursos financeiros e integrando instrumentos para o desenvolvimento econômico e social do país. A Sedai ficará encarregada do acompanhamento e avaliação do projeto. O monitoramento do Centro Tecnológico de Gemas e Jóias do Rio Grande do Sul também será feito por um grupo técnico reunindo, além da Univates, Universidade de Passo Fundo (UPF), Universidade de Caxias do Sul (UCS), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Sindijóias, Sindipedras, Associação dos Joalheiros do Rio Grande do Sul (Ajorsul), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/RS), secretaria de Ciência e Tecnologia, de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, e de Energia, Minas e Comunicações, Departamento Nacional de Produção Mineral, Companhia de Pesquisa de Recursos Naturais, Fecomércio, Fiergs, Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos, e ministérios de Ciência e Tecnologia, Minas e Energia e de Desenvolvimento da Indústria e Comércio. A Caixa-RS e mais três cooperativas (Cooperativa dos Garimpeiros de Ágata de Salto do Jacuí - Cooperagata, Cooperativa dos Garimpeiros do Alto-Médio Uruguai - Coogamai, de Ametista do Sul, e a Coopedra, de Estrela - também devem tomar parte no trabalho, além de indústrias de lapidação e artefatos minerais, fábricas de jóias e folheados, consórcios e empresas de exportação. Inclusão social Uma das características da proposta de implantação do Centro Tecnológico é a larga perspectiva de inclusão social e a retirada da informalidade de empresas que atuam no setor. Inicialmente, seriam beneficiadas até 10 mil pessoas, com melhoria das condições das áreas de garimpo em Ametista do Sul, na região do Alto Uruguai, dos pólos de lapidação - instalado no Vale do Taquari - e artefatos de pedra de Soledade, terminando em Guaporé, na Serra, segundo núcleo joalheiro do país. Hoje, 90% da matéria-prima utilizada no mercado joalheiro é sintética, por falta de tecnologia e 80% das exportações brasileiras de pedras são feitas na forma bruta. O Rio Grande do Sul, no acumulado de 2004, exportou US$ 46,6 milhões em pedras preciosas, montante que representa 50,14 % do total US$ 93 milhões das exportações brasileiras do produto, e que poderia ser multiplicado por até 30 vezes caso fosse agregado valor à jóia comercializada no mercado internacional. Integração regional O Centro Tecnológico de Gemas e Jóias também funcionará como elemento de integração regional, por envolver várias cidades gaúchas dedicadas ao setor, preservando a vocação de cada uma delas. Em Lajeado, Soledade, Ametista do Sul e Guapóré serão instaladas unidades tecnológica em associação com universidades locais, conforme cada fase da cadeia produtiva - extração, lapidação e beneficiamento.