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Governo realiza Oficina de Apoio Estratégico em Saúde da População Negra da Macrorregião Metropolitana

Ciclo de sete encontros serão promovidos até 2 de outubro, em todas as macrorregiões de saúde do Estado

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A imagem mostra um painel de discussão com 12 pessoas sentadas em círculo, participando da Oficina Estadual de Apoio Estratégico em Saúde da População Negra, realizada no Rio Grande do Sul. O fundo apresenta um banner laranja com o nome do evento, uma ilustração estilizada do mapa do Brasil e símbolos culturais africanos.

Os participantes no palco são diversos, incluindo mulheres e homens, a maioria pessoas negras, vestindo roupas formais ou culturais. Uma das participantes segura um microfone e fala, enquanto os demais escutam atentamente. Na frente do palco, há algumas cadeiras ocupadas pelo público, um projetor e um notebook sendo operado por uma pessoa de costas.

O ambiente é interno, com piso de madeira, plantas decorativas e iluminação natural vinda das janelas. O clima é de escuta, diálogo e construção coletiva sobre políticas de saúde voltadas à população negra.
Representantes de diversas instituições participaram da mesa de abertura - Foto: Arthur Vargas/Ascom SES

Foi realizada nesta quinta-feira (11/9), no Centro Cultural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, a Oficina de Apoio Estratégico em Saúde da População Negra da Macrorregião Metropolitana. Esse foi o primeiro de um ciclo de sete encontros que serão promovidos até 2 de outubro, em todas as macrorregiões de saúde do Estado, pelo governo, por meio de uma parceria entre a Secretaria da Saúde (SES), o Ministério da Saúde e a Fundação Oswaldo Cruz. O objetivo é fortalecer a implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra no Rio Grande do Sul. 

A programação inclui apresentação de indicadores regionais. Também haverá troca de experiências entre gestores, profissionais da atenção primária, integrantes da rede de saúde e lideranças sociais, além de representantes de conselhos municipais de saúde, do movimento negro e de comunidades quilombolas. 

A diretora-adjunta do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde da SES, Carolina de Drügg considerou o momento como muito oportuno para que a discussão seja feita, pois a pasta está iniciando a construção do novo Plano Estadual de Saúde. “Que possamos reconhecer os desafios para superar o racismo institucional que realmente atravessa as nossas vivências. Que possamos também reconhecer as nossas potencialidades. Mas, sobretudo, que possamos sair daqui engajados e engajadas nas nossas responsabilidades”, frisou.

A imagem mostra uma mulher negra se apresentando musicalmente durante a Oficina Estadual de Apoio Estratégico em Saúde da População Negra, no estado do Rio Grande do Sul. Ela está em pé, tocando um cavaquinho e cantando em um microfone. Usa um vestido branco com bordados coloridos em vermelho, verde e amarelo, de inspiração afro-brasileira.

Ao fundo, há um grande painel laranja com padrões gráficos africanos e o texto:
"OFICINA ESTADUAL DE APOIO ESTRATÉGICO EM SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA - RIO GRANDE DO SUL".
À direita do painel, parte de uma tela de projeção é visível.

A expressão da cantora é de emoção e envolvimento com a música, contribuindo para um momento cultural no evento. A cena transmite um ambiente de celebração da cultura negra dentro de um espaço institucional voltado à promoção da saúde e equidade.
Abertura do evento contou com apresentação musical de Pâmela Amaro Legenda da - Foto: Arthur Vargas/Ascom SES

A coordenadora nacional da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra da Secretaria Nacional de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Rose dos Santos explicou que o projeto abrange a realização de oficinas em todo o Brasil, com a finalidade de reconhecer a população negra de todos os lugares, no maior número de municípios. Na opinião dela, é importante que se possa garantir a implementação da política em todos os níveis.

Os encontros serão espaços de escuta qualificada e de construção coletiva de propostas. “O objetivo com as oficinas é olhar para os nossos indicadores e efetivar as ações necessárias para o enfrentamento ao racismo institucional e para a promoção da equidade em saúde”, afirmou a técnica da Política de Saúde da População Negra e Quilombola da SES, Francyne da Silva. 

O ciclo de oficinas conta com o apoio do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde, do Comitê Técnico Estadual de Saúde da População Negra e de instituições de ensino superior. Estima-se a presença de 150 a 200 participantes em cada uma das oficinas, com participação de pelo menos um representante dos usuários ou de movimentos sociais por município, além de gestores e técnicos. 

Saúde da população negra no RS 

Segundo o censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Rio Grande do Sul possui mais de 2,3 milhões de pessoas negras (pretas e pardas), o que representa 21,2% da população. Apesar da relevância demográfica e cultural, expressa nessa forte presença, que inclui tradições, quilombos urbanos e comunidades quilombolas, a população negra enfrenta condições socioeconômicas e sanitárias desafiadoras no Estado.

Os dados apontam dificuldades de acesso e desigualdade na utilização dos serviços, além de taxas maiores de morbimortalidade, resultado do racismo institucional e estrutural. As oficinas respondem a esse desafio, qualificando gestores, profissionais e movimentos sociais para a construção de políticas públicas equânimes e antirracistas.

Calendário das próximas oficinas 

  • 16/9 – Macrorregião Vales, em Santa Cruz do Sul
  • 18/9 – Macrorregião Serra, em Canela
  • 23/9 – Macrorregião Sul, em Rio Grande
  • 25/9 – Macrorregião Centro-Oeste, em Santa Maria
  • 30/9 – Macrorregião Norte, em Passo Fundo
  • 2/10 – Macrorregião Missioneira, em Ijuí

Texto: Ascom SES
Edição: Secom

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