O futuro Pólo de Inovação Tecnológica do Vale do Sinos deve priorizar pesquisas técnico-científicas nas áreas de informática, coureiro-calçadista e de meio ambiente. Esta é a expectativa do secretário da Ciência e Tecnologia, Renato de Oliveira, e do coordenador do Programa de Apoio aos Pólos Tecnológicos da Secretaria de C&T, Paulo Renato de Souza. Eles estiveram reunidos hoje (3) à tarde, na SCT, com representantes de universidades, escolas técnicas e entidades de classe do Vale para debater a criação de um Pólo Tecnológico na região. A definição das áreas de concentração das pesquisas, no entanto, só deve ocorrer a partir de uma série de encontros. O primeiro deles acontece no próximo dia 18, às 14h, na SCT, quando os representantes de instituições e universidades terão um panorama das possibilidades de trabalhos a serem desenvolvidos. O Vale do Sinos é a região mais rica e a segunda mais populosa do Rio Grande do Sul, com economia baseada na indústria coureiro-calçadista, metalúrgica e de informática, além de uma produção agroindustrial de destaque. Os municípios que farão parte do novo pólo são Araricá, Nova Hartz, Ivoti, São Leopoldo, Dois Irmãos, Sapiranga, Campo Bom, Estância Velha, Portão, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Sapucaia do Sul, Esteio e Canoas. As possíveis unidades gestoras do Pólo devem ser a Federação dos Estabelecimentos de Ensino Superior em Novo Hamburgo (Feevale), a Escola Técnica Liberato, de Novo Hamburgo; o La Salle, de Canoas e a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), de São Leopoldo. Esta definição também vai ocorrer nas próximas semanas. O Vale do Sinos é uma região estratégica na economia do RS. Este novo pólo vai ser diferente dos demais, já que a extensão física é muito pequena e existe grande diversidade entre os municípios, diz o secretário Renato de Oliveira. O titular da pasta estadual de C&T refere-se, por exemplo, aos vizinhos municípios de São Leopoldo e Novo Hamburgo, tendo o primeiro sua economia baseada nas empresas de software, indústrias metalúrgicas e de borracha. Já a indústria calçadista domina o panorama do segundo. Por outro lado, Nova Santa Rita é a maior produtora de melões do RS, Portão cultiva bergamotas, Estância Velha tem a maior concentração de curtumes do Estado e Araricá destaca-se na pequena agricultura familiar. Tudo num de pouco mais de 50 km. A economia do RS depende do eixo Vale do Sinos/Serra Gaúcha, ressalta o pró-reitor de Tecnologia e Inovação da Feevale, Cléber Prodanov. Outra característica que vai diferenciar este pólo dos 18 já existentes no Estado desde 1989 é que ele não vai possuir um município-sede, em virtude das unidades gestoras estarem localizadas em três cidades diferentes (Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo).