O governador Germano Rigotto e os secretários de Estado da Cultura, Roque Jacoby, e das Obras Públicas e Saneamento, Frederico Antunes, estarão, nesta quinta-feira, 27 de março, às 8h30min, no Complexo Cinematográfico do Rio Grande do Sul, no Centro Humanístico Vida, na avenida Baltazar de Oliveira Garcia, 2132, na Zona Norte. Rigotto e Jacoby assinarão o decreto que cria o Prêmio José Lewgoy do Cinema Gaúcho e o documento que autoriza o pagamento do Prêmio IECine de Curta-metragem de 2002, além de anunciar as políticas de cinema a serem desenvolvidas pelo Governo do Estado. O evento faz parte da programação do Dia do Cinema Gaúcho, comemorado a cada ano em 27 de março, por ser a data da primeira exibição pública no Rio Grande do Sul de um filme de ficção, Ranchinho do Sertão. A comemoração foi inserida no calendário dos eventos culturais do Estado, que é o terceiro pólo cinematográfico do Brasil. A projeção de Ranchinho do Sertão ocorreu no cinema Recreio Ideal, a primeira sala de exibição de Porto Alegre. O cinema, segundo notícia publicada em Porto Alegre em 21 de maio de 1908, estava situado na Rua dos Andradas, 321, ao lado de um edifício com um hotel de nome Brazil, conforme ortografia da época. O filme, inspirado no poema Ranchinho da Palha ou Aquele Ranchinho, do pelotense Lobo da Costa, é de autoria do produtor e exibidor Eduardo Hirtz, homenageado com o nome de uma das salas de cinema da Casa de Cultura Mário Quintana. Elaborada pelo Instituto Estadual de Cinema da Secretaria de Estado da Cultura, a programação do Dia do Cinema Gaúcho culmina, às 20h, com uma sessão pelo projeto Rodacine, na Praça da Matriz, do filme A Festa de Margarete, de Renato Falcão, com Cármen Silva, Hique Gomes e Ilana Kaplan. Antes do longa-metragem, o curta Leão do Caverá, de Rubens Bender, realizado em 1978, com fotografia de Antônio Oliveira, em dez minutos, traça, com filmes da época, um painel político da Revolução de 1923 pela visão de Honório Lemes, que se destacou no movimento. Para mostrar que o cinema de animação também, e com sucesso, faz parte da cultura cinematográfica rio-grandense, Novela, de Otto Guerra, em oito minutos, de 1992, discute o que acontece entre os intervalos comerciais nos horários nobres da TV, enquanto o país inteiro espera pelo próximo capítulo da telenovela. O terceiro curta da noite é Quando o Dia Surgir, de Antônio Carlos Textor, de 1996. A programação do Dia do Cinema Gaúcho conta com o apoio do Sindicato da Indústria Audiovisual do Rio Grande do Sul e da Associação dos Profissionais e Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul.