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Governo do Estado avalia medidas para manter atividades de empresa de armas afetada pela sobretaxa dos Estados Unidos

Setor de armas é o mais impactado com a nova taxa imposta aos produtos brasileiros

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Cinco homens estão sentados ao redor de uma mesa retangular em uma sala de reuniões da Receita Estadual do RS. Eles conversam de forma atenta, com papéis, canetas, notebook e uma pequena bandeira do Rio Grande do Sul sobre a mesa. Ao fundo, dois banners com o logotipo da Receita Estadual decoram o ambiente.
Representantes do governo discutem alternativas para manter as atividades de empresa do setor de armas no Estado - Foto: Jonas Siqueira/Ascom Sedec

Após anúncio de R$ 100 milhões para exportadores gaúchos atingidos pelas tarifas dos Estados Unidos, o governo do Estado teve uma reunião com a empresa de armas e munições Taurus. Coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e pela Receita Estadual, o encontro teve o objetivo de analisar meios para manter as atividades da indústria no Rio Grande do Sul. A Taurus solicita a liberação de créditos acumulados que a empresa tem em função de ser uma exportadora e ter como principal destino os Estados Unidos.

O setor de produtos de metal, em que se enquadram as armas, exportam 85,9% da sua produção para os Estados Unidos e sofrerá impactos severos se persistir a implementação da tarifa de 50% imposta pelo presidente americano Donald Trump ao Brasil, prevista para entrar em vigor a partir de agosto.

O titular da Sedec, Ernani Polo, destacou que, embora a solução do problema esteja na esfera federal, o Estado não está medindo esforços para buscar alternativas tributárias para melhorar a liquidez das operações no Brasil. “Estamos estruturando medidas de caráter emergencial para garantir as atividades por mais tempo no Estado”, avaliou.

Governo tem buscado soluções que estão ao seu alcance

O subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, ressaltou que o governo tem buscado soluções que estão ao seu alcance para auxiliar os exportadores e que várias alternativas têm sido estudadas. “Há uma margem menor de decisões no Estado nos temas de comércio internacional, mas temos conversado com empresas e setores para ampliar a articulação necessária neste momento.”

O presidente da Taurus, Salesio Nuhs, considerou a  reunião muito positiva. “Agradeço o empenho do governo do Estado que, mesmo sendo este um assunto da esfera do governo federal, que tem feito todo o possível para nos ajudar. O compromisso de avaliar a  antecipação da liberação dos créditos acumulados de ICMS vai ajudar muito a companhia nessa transição enquanto perdurar a dúvida quanto a taxação ou, até mesmo, se entrar em vigor a tarifa de 50%. Essa é uma medida emergencial que vai ajudar nesse momento, mas não resolve o problema. A única observação é que o valor tem que ser proporcional ao tamanho da empresa, considerando, por exemplo, que a folha de pagamento da Taurus é de aproximadamente R$ 16 milhões com encargos mensais", afirmou.

Na próxima semana, a Sedec e a Receita Estadual terão uma nova reunião com a Federação da Indústria do Rio Grande do Sul (Fiergs) para dar seguimento a uma agenda de encontros com setores impactados para avaliar as especificidades de cada segmento a fim de seguir na busca por alternativas de apoio à continuidade da rotina produtiva das empresas. 

Texto: Taís Teixeira/Ascom Sedec e Angela Bortolotto/Ascom Sefaz
Edição: Secom

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