Governadora saúda idealizadores da Fundação Iberê Camargo na inauguração da nova sede
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A governadora Yeda Crusius participou, no final da tarde desta sexta-feira (30), do corte da fita inaugural da nova sede da Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre. Construído às margens do Guaíba, na Avenida Padre Cacique, no bairro Cristal, o prédio vai guardar as mais de 4 mil obras produzidas pelo pintor, desenhista e gravador gaúcho, que nasceu em Restinga Seca, em 1914, e faleceu em 1994.
Ao homenagear os idealizadores e colaboradores da Fundação - que tem como presidente Jorge Gerdau Johannpeter -, a governadora disse que o fazia em nome de todos os gaúchos. A construção desta obra e a energia que Iberê nos deixou devem ter um encaixe perfeito. Com o Museu Iberê Camargo, Porto Alegre muda, e o Guaíba não é mais o mesmo, afirmou Yeda.
Temos aqui pessoas, idéias, construções e arte suficientes para continuamos evoluindo com o principal atributo que, pessoalmente, vejo em Jorge Gerdau Johannpeter (e naqueles que agrega em torno de si): o de ser um visionário, completou a governadora. O ministro da Cultura, Gilberto Gil, que à tarde foi recebido por Yeda Crusius no Palácio Piratini, representou a Presidência da República na inauguração. Entre outras autoridades, estiveram presentes também o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a secretária da Cultura, Mônica Leal, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Clifford Sobel, e o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça .
O prédio que agora abriga a Fundação Iberê Camargo tem nove salas de exposições, atelier de gravura em metal, atelier múltiplo, auditório, centro de pesquisa e informação, átrio, livraria, cafeteria e estacionamento subterrâneo. Além da obra de Iberê Camargo, receberá exposições de artistas brasileiros e estrangeiros e projetos envolvendo arte moderna e contemporânea.
Projetada pelo arquiteto português Álvaro Siza Vieira, a nova sede está sendo entregue no ano em que a Fundação Iberê Camargo completa 13 anos de sua criação, pela viúva do pintor, Maria Coussirat Camargo. Ela é presidente de honra e foi homenageada durante a solenidade de inauguração. Em sua primeira fase, a Fundação ficou acolhida na antiga casa do casal. A idéia de construção de uma sede para abrigar o acervo deixado pelo artista, em um terreno doado pelo Estado, surgiu em 1996.
De junho de 1998 a março do ano seguinte, foi feita a seleção do projeto, vencida pelo arquiteto Siza Vieira. Com este trabalho - o primeiro assinado por ele na América do Sul -, o arquiteto ganhou o Prêmio Leão de Ouro da 8ª Bienal de Arquitetura de Veneza, em setembro de 2002.