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Gabriel Souza se reúne com diretoria da Fiergs para debater soluções aos setores da indústria afetados pelas tarifas dos EUA

Vice-governador defendeu que o Estado e a federação atuem em conjunto para apresentar reivindicações ao governo federal

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Gabriel Souza em reunião com a Fiergs
“Vamos trabalhar para que o Rio Grande do Sul saia desse cenário com o menor impacto possível”, afirmou Gabriel - Foto: Juliane Pimentel/Ascom GVG

O vice-governador Gabriel Souza se reuniu, nesta terça-feira (5/8), com a diretoria da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) para tratar sobre os impactos da sobretaxa de 50% imposta pelo governo dos Estados Unidos aos produtos brasileiros. A medida, que começa a valer a partir de quarta-feira (6/8), atingiu duramente a indústria gaúcha, considerada a segunda mais prejudicada do país, atrás somente de São Paulo. Gabriel defendeu a construção de uma pauta única, entre Estado e indústria, para reivindicar ao governo federal medidas de proteção à indústria e aos empregos. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, e o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves, também participaram do encontro.

O vice-governador, que vem se reunindo com os setores impactados pela sobretaxa americana, defendeu que o enfrentamento do problema ocorra de três maneiras. “A primeira delas é a diplomacia e a capacidade de diálogo com o governo americano, o que é uma responsabilidade do governo federal. Depois, a mitigação de danos na prática, como o crédito de R$ 100 milhões anunciado pelo governo do Estado com juros subsidiados e a possibilidade de adiantamento de créditos de ICMS. Também é necessário que a União apresente um robusto pacote de medidas para proteger o emprego. E, a longo prazo, temos que abrir novos mercados, como já está sendo feito pela Invest RS”, explicou Gabriel.

Vice governador em reunião com a Fiergs
Gabriel defendeu a construção de uma pauta única entre Estado e indústria para reivindicar à União ações de proteção à indústria - Foto: Juliane Pimentel/Ascom GVG

A reunião contou com a presença do presidente da Fiergs, Cláudio Bier, e parte da diretoria da entidade. Os participantes debateram sobre os setores mais impactados, como o de calçados, de móveis, pesqueiro, de tabaco e de eletroeletrônicos. Segundo dados da Fiergs, cerca de 85% dos produtos industrializados do Rio Grande do Sul serão taxados, afetando diretamente mais de 1.100 indústrias exportadoras e colocando em risco aproximadamente 140 mil empregos. “Hoje demos um passo importante para construir uma pauta com o governo do Estado, entidades patronais e empregados para minimizar o impacto da crise tarifária e também preservar milhares de empregos", avaliou Bier.

O titular da Sedec, Ernani Polo falou da importância do encontro na entidade. “Estamos muito preocupados com os impactos econômicos causados pelo aumento tarifário, especialmente sobre a indústria gaúcha, que representa uma parcela significativa da nossa capacidade exportadora. Esta reunião com a Fiergs é fundamental para construirmos alternativas emergenciais e assertivas, ouvindo diretamente o setor produtivo. O governo do Estado está comprometido em atuar de forma rápida e eficaz, fazendo todo o possível para garantir a preservação de empregos e a competitividade da nossa indústria. Esse é um momento que exige união coordenada entre os setores público e privado”, disse Polo.

A criação de uma pauta conjunta entre o Estado e a indústria gaúcha, para levar as demandas dos setores atingidos ao governo federal, também foi destacada pelo vice-governador. “Acreditamos que a saída passa por colocar as ideologias de lado e focar no que realmente importa: preservar empregos e adotar uma diplomacia de alto nível com os Estados Unidos. O que antes era um debate restrito às redes sociais, agora afeta diretamente o bolso dos gaúchos. Vamos trabalhar para que o Rio Grande do Sul saia desse cenário com o menor impacto possível”, afirmou Gabriel.

Créditos de ICMS

O subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves, afirmou na reunião que um canal para tratar sobre os créditos de ICMS para empresas exportadoras deverá ser criado pela Secretaria da Fazenda (Sefaz) para tratar caso a caso. Neves explicou que a maior parte dos créditos está concentrada no setor metal-mecânico, com 35% dos valores, e no fumo, com 25%. Os demais setores possuem uma porcentagem menor para resgatar, o que poderá ajudar a acelerar o processo de repasse. “Estimamos que os créditos de ICMS somam cerca de R$ 400 milhões para aproximadamente 200 empresas gaúchas”, explicou.

Segundo a secretária da Fazenda, Pricilla Santana, a viabilidade da medida ainda está sendo estudada, já que o Rio Grande do Sul se encontra em Regime de Recuperação Fiscal e não pode ceder incentivos que gerem impactos na arrecadação. Por isso, é preciso articular essas medidas com o governo federal para proteger os setores afetados.

Texto: Dayanne Rodrigues/Ascom GVG
Edição: Secom

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