Fundação Zoobotânica fará novo processo para resgatar ossada de baleia franca
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A ossada de baleia franca que seria a nova atração do Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica (FZB) do Rio Grande do Sul não entrará em exposição tão cedo. O processo de preparação da ossada terá de ser corrigido.
O animal, de aproximadamente 16 metros, encontrado em São José do Norte, foi enterrado em dezembro de 2010 em uma área do Parque Zoológico, em Sapucaia do Sul, para a conclusão do processo de decomposição da matéria orgânica ainda presente nos ossos. No dia 13, uma equipe da FZB foi ao local e constatou que, além do atraso, a forma equivocada como a baleia foi enterrada provocou a quebra de ossos. Para piorar, a terra compactou e será preciso um trabalho de arqueólogo para recuperar toda a ossada do mamífero que, em vida, pesava cerca 40 toneladas.
A equipe definiu, então, a construção de um recipiente adequado para receber a ossada, que será coberta por areia. Ainda não há data para a operação ser realizada. O tempo de espera após esta etapa será superior a seis meses.
Entenda o caso
Em 2010, após ter sido descarnado, o material deveria ser acondicionado com as peças do esqueleto separadas, ordenadas e identificadas. Tudo deveria ter sido coberto com material inerte (neste caso, areia) para que o processo de limpeza dos ossos fosse concluído e a exumação, facilitada.
Apesar do pedido, a construção das caixas de madeira foi negada pela diretoria da FZB na época. Menos de um quarto dos 24 metros cúbicos de areia considerados o ideal pelos técnicos foram utilizados.
Nessas condições, a solução foi cavar uma vala para enterrar o animal nas melhores condições possíveis. Sem a presença dos técnicos, mesmo com o buraco de 10 metros de largura e cinco de profundidade pronto e a ossada separada e ordenada na carroceria do caminhão, o então diretor do Parque Zoológico determinou que o material fosse jogado em uma vala de apenas cinco metros, sem qualquer cuidado.
Como o solo está muito duro, não foi possível verificar a extensão dos danos à ossada.
Texto: Daniel Hammes
Foto: Divulgação
Edição: Redação Secom (51) 3210.4305