A Fundação de Economia e Estatística (FEE) apresentou nesta quinta-feira (16), a Matriz de Insumo-Produto do Rio Grande do Sul (MIP-RS). O documento, com ano-base 2003, fornece um retrato completo da estrutura econômica do Rio Grande do Sul, permitindo identificar os principais setores-chave da economia em função das suas relações intersetoriais e da capacidade de geração de renda e de emprego. De acordo com o presidente da FEE, Adelar Fochezatto, esta é a terceira versão da MIP-RS, a primeira realizada exclusivamente por técnicos da FEE. Em relação à edição anterior, o número de setores de atividade econômica retratados subiu de 27 para 45, com 80 produtos a eles vinculados. A secretária do Planejamento e Gestão adjunta, Ana Severo, salientou a importância do trabalho no processo de planejamento governamental e privado. A matriz permite que se projete o impacto econômico dos diferentes investimentos, simulando resultados e embasando a definição de estratégias alternativas, destacou. Entre as 70 mil informações estatísticas que apresenta, a Matriz evidencia que, em 2003, o consumo das famílias foi responsável por 57,9% da composição do PIB do Estado (ótica da demanda). Também mostra que o setor de serviço respondeu por mais da metade do Valor Adicionado da economia gaúcha. Na relação emprego-remuneração, a matriz mostra que o Estado mantém uma tendência de concentração: em 2003, 56% dos empregados gaúchos que receberam até dois salários mínimos apropriaram somente 19% da massa de remuneração, enquanto 5,5% que receberam mais de 10 salários mínimos acumularam 31,4% de toda a renda. Para elaborar a MIP-RS a FEE contou com o patrocínio do Banrisul e o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs). Também participaram do evento o secretário da Fazenda, Aod Cunha de Moraes Junior, que representou a governadora Yeda Crusius, o presidente do Banrisul, Fernando Lemos, e o diretor-presidente da Fapergs, Jarbas Milititsky.