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Exportações do RS somam US$ 9,3 bilhões no primeiro semestre e crescem 2,3%

Levantamento destaca desempenho positivo diante do resultado nacional, com expansão para destinos como Argentina e Indonésia

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Card em fundo cinza, no qual está escrito Exportações ao centro, logo abaixo de um ícone formado por um globo com um sinal de localização no canto superior esquerdo, um avião no canto superior direito, um navio no canto inferior esquerdo e um contêiner no canto inferior direito. No canto inferior direito do card está a logomarca utilizada pela gestão 2023-2026 do governo do Rio Grande do Sul.
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As exportações do Rio Grande do Sul totalizaram US$ 9,3 bilhões no primeiro semestre de 2025, o que representa um crescimento de 2,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho foi impulsionado principalmente pelos embarques de carne suína, cereais e máquinas de energia elétrica. O resultado contrasta com a queda de 2,5% registrada nas vendas externas do Brasil no mesmo intervalo.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (31/7) pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG). O estudo, realizado pelos pesquisadores Ricardo Leães e Flávia Barbosa, mostra ainda que o Rio Grande do Sul ampliou sua participação relativa nas exportações nacionais – passando de 5,6% para 5,8%, na comparação com 2024.

O crescimento semestral foi impulsionado pelo desempenho do primeiro trimestre de 2025, que registrou alta de 12% na comparação com o mesmo período de 2024, compensando a queda de 6,2% no segundo trimestre. Já o valor exportado no acumulado do semestre é o quarto maior da série histórica para primeiros semestres desde 1997.

Desempenho dos setores exportadores e principais destinos

A retração nas vendas externas de soja em grão (-29,3%) foi compensada pelo crescimento de outros setores. Apresentaram aumento significativo as exportações de carne suína (35%), cereais (11,6%) e máquinas de energia elétrica (173,7%).

Outros segmentos que merecem destaque são a carne bovina (mais US$ 50,9 milhões; 41,1%); veículos automóveis de passageiros (mais US$ 49,7 milhões; 67%); e partes e acessórios dos veículos automotivos (mais US$ 42,9 milhões; 17,4%).

Em termos de destino, os principais foram China (15,8%), União Europeia (12,8%) e Estados Unidos (10,2%). Em termos absolutos, a Argentina foi o principal mercado em expansão, com mais US$ 246,6 milhões em compras de produtos gaúchos, seguida por Indonésia (mais US$ 235,1 milhões) e Arábia Saudita (mais US$ 99,8 milhões).

Riscos e incertezas no cenário externo

A nota técnica aponta fatores conjunturais que podem influenciar as exportações do RS nos próximos meses. Entre eles estão o foco de gripe aviária em Montenegro, a valorização do real em comparação ao dólar e os desdobramentos da guerra entre Irã e Israel.

Esse último fator é relevante porque diversas mercadorias da pauta exportadora do Estado são sensíveis às variações no preço internacional do petróleo, como soja e derivados, carnes – especialmente de frango e suína –, produtos químicos, plásticos e calçados.

Além disso, o estudo destaca a possibilidade de aplicação de tarifas de até 50% pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros — mercado de destino relevante para setores como produtos florestais, fumo, máquinas e aparelhos elétricos do RS.

Nesse contexto, alguns segmentos exigem maior atenção: armas e munições, com 82,8% das exportações destinadas aos EUA; carne bovina (29,6%); calçados (24,8%); fumo e derivados (10,2%); e produtos florestais (20,8%).

Texto: Marcelo Bergter/Ascom SPGG
Edição: Felipe Borges/Secom

 

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