Estudo vai avaliar construção de gasoduto ligando cinco países
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Durante reunião realizada nesta quinta-feira (30), em Porto Alegre, o secretário de Energia da Província de Corrientes, na Argentina, Juan Marcelo Gatti, apresentou ao secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, proposta de implantação de um gasoduto interligando Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai e Brasil. Até o fim de agosto, deverá ser assinada carta de intenções para o estudo de viabilidade técnico-financeira. Também participaram do encontro representantes do consulado argentino e do Itamaraty.
Esta é a primeira vez que o tema é debatido. Não há prazo para início e término dos estudos, e não se sabe ainda quanto o processo custará e quem arcará com as despesas. A ideia ainda deve ser levada ao Ministério de Minas e Energia. Uma vez concretizado, o projeto pode solucionar o problema de falta de combustível da AES Uruguaiana.
A intenção é que o gasoduto saia da cidade de Yacuíba, localizada a três quilômetros da fronteira entre a Bolívia e a Argentina, passando por Asunción (Paraguai) e Corrientes (Argentina), e depois ligando Uruguaiana.
O prefeito de Uruguaiana, Luiz Augusto Schneider, diz que esta pode ser a solução para a termelétrica da cidade. "O gasoduto é uma alternativa de fornecimento para uma série de atividades industriais, criando condições diferenciadas para a atração de empresas à Fronteira-Oeste", afirma. Além disso, em um segundo momento, será avaliada a possibilidade de expandir o empreendimento por outras regiões do Rio Grande do Sul.
Entretanto, segundo Redecker, tudo dependerá do custo envolvido, de quanto o Brasil arcaria nesse total, da projeção de preço do gás e, principalmente, da capacidade de fornecimento. Essas questões serão avaliadas no estudo técnico. "Nos termos e moldes do transporte de gás que chega a Uruguaiana hoje, não nos serve. O estudo terá que apresentar condições de fornecimento constante de longo prazo e sem variações. Se tiver bom fluxo, talvez possamos distribuir para outros pontos do Estado", explica.
Texto: Magali Beckmann/Ascom-SME
Edição: Rui Felten/CCom