Estado vai se tornar auto-suficiente em produção de energia dentro de quatro anos
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O Rio Grande do Sul trabalha para se tornar auto-suficiente em produção de energia no prazo de quatro anos. Este é o planejamento do secretário de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres. Hoje, o Estado importa de 35 a 40% da energia consumida, que fica na média de 2.700 megawatts (MW). O objetivo é dobrar a capacidade instalada de geração elétrica - hoje ao redor de 4000 MW - até 2010, alcançando em torno de 8000 MW de potência. Para isso, a previsão é investir R$ 15 bilhões. Em seis anos, o Rio Grande do Sul deve se tornar exportador de energia, afirma o secretário Valdir Andres. Para virar o jogo e passar de um Estado importador para exportador de energia, a Secretaria aposta em grandes projetos de usinas hidrelétricas e termelétricas. A previsão do secretário Andres é concluir a instalação de sete usinas hidrelétricas (Monte Carlo, Castro Alves, 14 de Julho, Foz Chapecó, Barra Grande, Monjolinho e Pai Querê) até o final de 2009, com potência de 2.264 MW e investimento total de R$ 4,18 bilhões. Estas obras, além de aumentarem a capacidade de geração de energia do Estado, contribuem para a criação de milhares de empregos e para o fomento da nossa economia, ressalta Andres. Fontes alternativas Afora isso, a secretaria de Energia também investe no crescimento das fontes alternativas (eólica, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas - PCHs). Atualmente, apenas 1,3% da energia consumida no Rio Grande do Sul vem de fontes alternativas. A meta é que esta participação aumente para 9,6% daqui a quatro anos. A energia eólica e as PCHs já tem confirmada a instalação de cerca de 400 MW até o final de 2006, em projetos aprovados pelo Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). Conforme Andres, só estes projetos receberão em torno de R$ 1 bilhão de investimento nos próximos dois anos, gerando aproximadamente 2,5 mil empregos no Estado. Estamos otimistas de que vamos cumprir nosso objetivo de tornar o Rio Grande do Sul auto-suficiente na produção de energia, destaca o secretário. Sem risco de apagão De acordo com Andres, o estado vive uma situação tranqüila em matéria de abastecimento energético. Não corremos risco de sofrermos um apagão até o verão de 2008, diz o secretário, acrescentando que as providências necessárias para superar o pequeno risco de ocorrerem problemas no fornecimento de energia em 2008 estão sendo tomadas pela Secretaria. Já solicitamos autorização à Aneel para construir novas linhas de transmissão no Estado, informa o secretário. Estamos livres de qualquer possibilidade de apagão. A menor dependência do Estado na produção de energia hídrica - sujeita a problemas de estiagem - é um fator que reforça a confiança do secretário Andres. Hoje, 63,7% da capacidade instalada de gerar energia no Rio Grande do Sul é oriunda de usinas hidrelétricas. Em 2008, este número deve cair para 49,5%. No Brasil, a geração hídrica é superior a 90%. Além da geração hídrica e de fontes alternativas, a capacidade instalada de gerar eletricidade no Estado é composta por carvão mineral (13,6% hoje e previsão de 24,2% em 2008), gás natural (19,1% hoje e 15,3% em 2008) e óleo (2,3% hoje e 1,3% em 2008). Estamos seguros em poder continuar oferecendo ao Rio Grande a condição básica para o seu desenvolvimento, qual seja, a capacidade de produzir energia em quantidade suficiente para atrair novos investimentos, explica Andres.