Estado debate implantação da Linha 2 do metrô em Porto Alegre
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O secretário estadual da Coordenação e Planejamento, José Henrique Paim Fernandes, participou, hoje (21) pela manhã, da reunião da Comissão Especial da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, que avalia a implantação da Linha 2 do Metrô na Capital. Na ocasião, o secretário destacou que o Governo Estadual é favorável à execução do projeto, salientando a importância do debate, sua magnitude, a necessidade de financiamento para o mesmo e a importância de sua integração com o sistema multimodal de transporte coletivo da Região Metropolitana. O Governo do RS é favorável ao debate sobre a proposta de estadualização do Metrô. Paim Fernandes afirmou que o assunto deve ser estudado seriamente pelas três esferas envolvidas no projeto (União, Estado e Município). Disse que o Governo do RS reconhece a importância da Linha 2 do Metrô - que vai da Azenha ao Terminal Triângulo, na Assis Brasil - reafirmando que a magnitude do projeto exige um estudo mais aprofundado. José Henrique defendeu o debate em torno do tema de forma responsável e desprovido de ideologização. Hoje, há maturidade para debatermos esse projeto. O governo estadual tem interesse no projeto em razão do desenvolvimento do transporte na Região Metropolitana. Nós estamos defendendo, junto com a Associação dos Municípios da Grande Porto Alegre (Grampal), a necessidade de atualização do Plano Diretor do transporte dessa região, criado na década de 70. Para isso, já estamos buscando formas de financiamento e os três entes federados devem participar de forma harmônica. Para o secretário, o projeto deve ter uma visão estratégica, não só na área dos transportes, mas que envolva uma visão multissetorial integrada. Sobre os investimentos de recursos financeiros, o representante do governo gaúcho sugeriu que, além dos novos investimentos, deve-se aproveitar os já realizados. Como exemplo, citou o projeto Linha Rápida, que consiste na implantação de um sistema integrado de transporte coletivo no eixo Nordeste, entre Porto Alegre e Alvorada. O Linha Rápida, com investimentos significativos, já compatibilizou fisicamente suas obras com o projeto da Linha 2 do Metrô. Agora, temos que buscar a compatibilização com a parte operacional, disse. Ele também destacou que a escolha do método construtivo pode resultar no aumento do custo do projeto, cuja previsão inicial é de US$ 700 milhões. Os organismos internacionais de financiamento devem optar pelo sistema onde haja menos impacto sobre a população, esclareceu. Outros aspectos destacados pelo secretário que devem ser aprofundados na discussão, além do método construtivo, são as formas de financiamento, a estadualização do Trensurb, a questão ambiental e a demanda para a implantação do metrô.