Estado avança no monitoramento de bacias hidrográficas com a contratação de 130 novas estações
Com atualizações a cada 15 segundos, equipamentos fornecem informações apuradas e qualificadas sobre rios
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O Rio Grande do Sul tem caminhado rumo ao fortalecimento de suas condições de prevenção e preparação a desastres. O governo do Estado, por meio da Casa Militar – Subchefia de Proteção e Defesa Civil, contratou o serviço de monitoramento de 130 novas estações hidrometeorológicas, que farão a coleta de informações de 24 bacias hidrográficas presentes no território gaúcho.
- O tema também foi abordado em postagens nas redes sociais do governo do Estado
- Região Metropolitana receberá 26 estações de monitoramento hidrometeorológico
Em um investimento de R$ 47,175 milhões, a iniciativa faz parte das ações do Plano Rio Grande e garante a implantação e a operação dos novos equipamentos. Serão 113 estações hidrológicas, com sensores de nível e precipitação, e outras 17 hidrometeorológicas, que contam com sensores de velocidade e direção do vento, umidade, pressão atmosférica, temperatura e precipitação. Liderado pelo governador Eduardo Leite, o Plano Rio Grande é o programa de Estado criado para proteger a população, reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.

Atualmente, o projeto está na fase de instalação das estruturas que receberão os equipamentos. A previsão é de que as estações comecem a operar ainda em 2025.
Durante as enchentes de 2024, um dos pontos sensíveis encontrados foi a fragilidade dos mecanismos de monitoramento e alerta dos níveis de rios e lagos, levando gestores públicos a pautar suas linhas de ação por informações obtidas a partir de plataformas abertas e outras fontes não-oficiais. Agora, os novos equipamentos chegam para dotar continuamente o Estado e os municípios de informações técnicas completas, essenciais para embasar decisões estratégicas durante emergências e adotar medidas preventivas de forma mais eficaz.
Informação em tempo real

As novas estações são de alta performance e operam na modalidade nowcasting de missão crítica, com atualização de dados a cada 15 segundos. Equipadas com sensores para medição do nível dos rios e do volume de chuva, além de câmeras para acompanhamento visual em tempo real, as unidades contam com transmissão via rede 4G/5G e redundância por satélite, garantindo a continuidade do funcionamento mesmo em situações adversas.
Os equipamentos possuem estruturas com alturas entre 6 e 12 metros, definidas conforme as características requeridas em cada local. A alimentação de energia do sistema ocorre por sistema solar off-grid, com autonomia mínima de 7 dias, garantida por um conjunto de baterias mesmo em condições de baixa insolação.
Confira as bacias hidrográficas contempladas pelo projeto:
- Bacia Hidrográfica do Rio Taquari-Antas
- Bacia Hidrográfica da Lagoa Mirim e do Canal São Gonçalo
- Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã
- Bacia Hidrográfica dos Sinos
- Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí
- Bacia Hidrográfica dos Rios Turvo - Santa Rosa - Santo Cristo
- Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba
- Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí
- Bacia Hidrográfica do Rio Pardo
- Bacia Hidrográfica dos Rios Apuaê - Inhandava
- Bacia Hidrográfica dos Rios Vacacaí - Vacacaí Mirim
- Bacia Hidrográfica do Rio Caí
- Bacia Hidrográfica do Litoral Médio
- Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí
- Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí
- Bacia Hidrográfica do Rio da Várzea
- Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo
- Bacia Hidrográfica do Rio Piratinim
- Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba
- Bacia Hidrográfica dos Rios Butuí Icamaquã
- Bacia Hidrográfica do Rio Negro
- Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí
- Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí
- Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria
Texto: Ariel Lopes/Ascom Defesa Civil
Edição: Secom