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Estado acena com diálogo para negociar propostas do magistério

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No caso de haver necessidade, o Governo do Estado está disposto a retirar de pauta as propostas que estão em discussão, desde o final do ano passado, para abrir o processo de negociação salarial com o magistério gaúcho. Esse argumento foi apresentado pelo secretário estadual da Educação, Ervino Deon, durante audiência com a diretoria do CPERS-Sindicato, realizada nesta quinta-feira (18), no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), em Porto Alegre.

Deon assegurou que o executivo estadual está aberto a fazer concessões, visando à aprovação de novo piso salarial para os professores. Pelo projeto que está na Assembleia Legislativa, o piso passará dos atuais R$ 862,40 para R$ 1,5 mil. O valor representa aumento de 73% relativo ao patamar atual para 40 horas semanais, além de ser superior ao previsto na Lei do Piso Nacional do Magistério.

O CPERS reivindica reajuste de 23% no vencimento básico da carreira do magistério. O secretário explicou que um índice semelhante já foi concedido à categoria a partir do cumprimento da Lei Britto. O Governo concedeu, nos últimos três anos, reajuste de 26,1% aos professores por meio da Lei Britto. Outro reajuste nesse patamar seria financeiramente inviável para os cofres do Estado, afirmou.

O secretário também propôs a criação de uma comissão para discutir mudanças no Plano de Carreira do Magistério. As alterações, segundo Deon seriam para estabelecer um piso e vencimento básico mais atraente à categoria. A presidente do CPERS, Rejane de Oliveira, rejeitou a ideia.

O sindicato não considera como reajuste o percentual referente à Lei Britto e recusou-se a discutir o piso de R$ 1,5 mil para os professores. Em resposta, Deon reafirmou que o Governo está priorizando, neste momento, o reajuste dos salários mais baixos da categoria. Embora o CPERS não considere, o Governo concedeu aumento semelhante ao proposto pelo sindicato e agora busca aumentar o piso, estabelecendo reajuste superior ao valor previsto na lei do piso nacional, concluiu.

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