Equipamento de última geração na Cientec entra em operação. O espectrômetro de emissão atômica com plasma por micro-ondas (MP-AES) foi instalado no Laboratório de Análises Inorgânicas do Departamento de Química da Fundação de Ciência e Tecnologia. O equipamento foi obtido com recursos da Finep (projeto Infrapd) e contrapartida da Cientec, a um custo de quase R$ 400 mil.

De acordo com a coordenadora do projeto e responsável técnica pelo aparelho, a pesquisadora Vera Maria da Costa Dias, esta nova técnica analítica é novidade no RS. "A Cientec é o primeiro laboratório no Estado a oferecer a seus clientes serviços utilizando este tipo de equipamento. Além de prazos mais curtos, os clientes deverão ser brindados com preços de análise muito mais baixos", comemora.

A pesquisadora explica que o aparelho é capaz de classificar a maior parte dos elementos químicos existentes na natureza, por isso sua aplicação é tão ampla. Fertilidade de solos, potabilidade e mineralidade da água, embalagens de produtos alimentícios, entre outros ensaios.

Ao contrário dos aparelhos de absorção atômica, que estão há décadas no mercado, este aparelho de emissão atômica começou a ser comercializado em 2012 e representa uma grande inovação, em termos de respeito ao meio ambiente (utiliza volumes baixos de amostras, mas os resíduos são insignificantes) e segurança do trabalhador. O equipamento trabalha exclusivamente com ar ambiente, ou seja, nenhum tipo de gás tóxico ou explosivo é utilizado na operação. Além disso, o processo também é mais barato porque utiliza menos insumos, dispensa o uso de cilindros e sua capacidade de classificar vários elementos ao mesmo tempo, agiliza o processo, o que consequentemente reduz o custo de análises.

Como se trata de técnica analítica muito nova, não existe métodos oficiais ou normas técnicas que a utilizem, de maneira que todos os protocolos serão feitos na própria Cientec. Primeiro, serão abordadas amostras simples, como águas potáveis. Na medida em que houver acúmulo de experiência, será possível analisar amostras mais complexas.

Ainda dentro das atividades do Projeto Infrapd, a coordenadora prevê ministrar um curso para profissionais da Química e estudantes, para transmitir o conhecimento sobre essa nova modalidade de Emissão Atômica. 

Texto: Viviani Silveira/Ascom Cientec
Edição: Léa Aragón/Secom