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Entidades debatem Programa Estadual do Etanol Amiláceo em Porto Alegre

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Representantes da Emater/RS-Ascar, Embrapa, secretarias estaduais de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, de Agricultura e Pecuária e de Minas e Energia, entre outras entidades, reúniram-se nesta quinta-feira (30), no escritório central da Emater/RS-Ascar, em Porto Alegre, para discutir questões relacionadas ao Programa Estadual do Etanol Amiláceo (Proetanol/RS). 

Conforme o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar e coordenador do programa, Valdir Pedro Zonin, entre os pontos a serem tratados na reunião, estão a análise do Projeto de Lei 50/2015, que institui a Política Estadual de Etanol Amiláceo no Rio Grande do Sul; a situação do programa e as ações em andamento; a doação de uma área localizada no município de Cristal, para a construção da primeira biorefinaria no Estado; além das estratégias de implementação do programa.

O etanol amiláceo é obtido a partir de culturas como o triticale, sorgo, arroz gigante e batata-doce. “São variedades não alimentares, mais produtivas e com grande teor de amido, desenvolvidas pela Embrapa. A Universidade Federal de Santa Maria testou estas variedades em sua usina piloto e já utiliza o etanol amiláceo nos veículos de sua frota”, explica Zonin.

Ainda segundo o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, hoje existem cerca de quatro milhões de hectares ociosos ou subutilizados durante o inverno, onde poderiam ser cultivadas as culturas destinadas à produção do etanol amiláceo. “Precisamos de 500 mil hectares para suprir a demanda das 12 usinas que devem ser construídas no Rio Grande do Sul, gerando 1,3 bilhão de litros por ano”, projeta Zonin.

Atualmente, a produção gaúcha de etanol à base de cana-de-açúcar não é suficiente para suprir a demanda interna, e o Estado importa de São Paulo 99,7% do que consome. “Com isso, perdemos R$ 600 milhões em ICMS e frete e deixamos de gerar R$ 800 milhões. É R$ 1,4 bilhão a menos na economia gaúcha”, pontua Zonin.

A Emater/RS-Ascar será responsável por prestar assistência técnica aos agricultores interessados em investir nas culturas destinadas à produção de etanol amiláceo, além de auxiliar na organização dos produtores e capacitar seus técnicos.

Capacitação de técnicos

A Emater/RS-Ascar promoveu, no último dia 21, em Erechim, a primeira capacitação no estado sobre novas culturas destinadas à produção de etanol amiláceo, para um grupo de técnicos da Instituição e produtores da região do Alto Uruguai. A atividade ocorreu no Centro de Treinamento de Agricultores de Erechim (Cetre).

“Com tecnologia e conhecimento, podemos produzir etanol amiláceo no Rio Grande do Sul. A produção destas matérias-primas é uma excelente alternativa para o produtor agregar renda a sua produção”, destacou o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar Paulo Silva, um dos instrutores do curso.


Texto: Júlio Fiori - Emater/RS-Ascar
Edição: Léa Aragón/CCom

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