Emater/RS-Ascar certifica maior área contígua do Estado para rastreabilidade bovina
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Agregar valor ao produto, mudando completamente o perfil de negociação, com uma melhor rentabilidade e foco no mercado europeu, foi o motivo que levou os proprietários da Granja Quatro Irmãos, de Rio Grande, a buscarem o certificado de rastreabilidade bovina para o rebanho de cerca de 10 mil cabeças. A propriedade, que possui a maior área contígua do Estado, após auditorias da Emater/RS-Ascar e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), espera agora apenas a vinda da aprovação de Bruxelas (Bélgica), para, enfim, poder comercializar a carne na Europa.
A rastreabilidade é um conceito que surgiu devido à necessidade de saber em qual local um produto se encontra na cadeia logística, sendo muito utilizado em controle de qualidade. Permite ainda, no caso de surgir um problema de saúde pública, identificar todo o lote contaminado e, se necessário, retirá-lo do mercado, bem como, definir a responsabilidade de cada um dos intervenientes na produção.
O emprego desta técnica na bovincultura permite a identificação, coleta, controle e processamento de dados, necessários para o acompanhamento de todos as ocorrências e movimentações na vida do animal. Esse procedimento permite identificar a carne, associando este produto aos animais geradores, identificando seu manejo e seu animal produtor. Atualmente, as plantas frigoríficas exportadoras do Estado estão bonificando os animais rastreados. Uma carcaça de bovino rastreado, que pese até 240kg recebe uma bonificação de R$80,00 e, acima desse peso, a bonificação é de R$100,00. Esse é um incentivo dado para o produtor usar o sistema de rastreabilidade, pois, além do benefício de gestão, também será beneficiado financeiramente.