Educação segue como principal desafio ao futuro da inovação
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Ao participar de painel sobre os caminhos para fortalecer a inovação, durante a programação do South Summit Brazil (SSB), o vice-presidente e diretor de Operações do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Ranolfo Vieira Júnior, apontou a educação como principal desafio a ser superado. O SSB é um evento global de inovação correalizado pelo governo do Rio Grande do Sul.
“É fundamental a formação dos jovens com essa visão de futuro, voltada à inovação e ao empreendedorismo. Educação e articulação entre as diferentes áreas são estratégicas para o desenvolvimento econômico e social”, enfatizou Ranolfo.
A mesma opinião foi compartilhada pelos demais convidados do painel realizado no início da noite da quinta-feira (21/3), no RS Innovation Stage. O vice-presidente do BRDE mencionou os índices de analfabetismo funcional como um fator a ser revisto para avançar no fortalecimento do ecossistema de inovação. “Há vários outros fatores, como o cenário macroeconômico, aspectos sociais e vontade política, mas a questão educacional está na base”, acrescentou.
O professor e gestor executivo do Tecnosinos da Universidade do Vale do Rio do Sinos (Unisinos), Silvio Bittencourt, discorreu sobre outros fatores para fomentar a inovação, como a ampliação de oportunidades de acesso ao Ensino Superior e a formação de professores. “Há um grande funil que precisa ser superado. Uma das grandes dificuldades é fazer com que a pesquisa, diante da escassez de recursos, priorize o que tem valor de mercado. É preciso trabalhar o conceito de inovação aberta com a ciência aberta”, argumentou. Ele ressaltou, ainda, a necessidade de maior presença de mulheres no universo da inovação.
Na avaliação do diretor da Numerik, Eduardo Lorea, o Estado tem um papel fundamental em promover pesquisa de base para estimular o fortalecimento do ecossistema de inovação. “Um bom empreendimento privado, para ter acesso ao capital e ao mercado, depende do Estado como ator, do apoio que ele dá à ciência”, comentou.
Lorea observou que as startups, por surgirem pequenas, têm maiores riscos; porém, eventuais erros trazem consequências menores do que aqueles resultantes de testes de projetos que podem não dar certo em grandes organizações. “As startups são motores da inovação”, resumiu.
Histórico
Na sua participação, o vice-presidente do BRDE relembrou a mobilização do governador Eduardo Leite, logo no início do primeiro mandato, para trazer para o Estado um evento de inovação de dimensão mundial como o South Summit. Ranolfo destacou que a realização da primeira edição do encontro em 2021, período em que era o governador, foi resultado de um enorme trabalho de articulação. “Hoje, é possível dizer que Porto Alegre, o Rio Grande do Sul e o país eram diferentes antes do South Summit, e são outros depois da vinda deste evento tão importante”, enalteceu.
Ao término do painel coordenado pelo secretário-adjunto de Inovação, Ciência e Tecnologia, Raphael Ayub, foram apresentados os principais mecanismos de financiamento do BRDE para o setor.
Como líder nacional no volume de operações com repasses da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o banco tem como ponto estratégico disponibilizar produtos e serviços que contribuam para promover o ecossistema de inovação da Região Sul.
Texto: Pepo Kerschner/Ascom BRDE
Edição: Camila Cargnelutti/Secom