Desemprego cai na Região Metropolitana
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A taxa de desemprego total na Região Metropolitana de Porto Alegre apresentou queda pelo terceiro mês consecutivo, passando de 13,7% da População Economicamente Ativa no mês de dezembro para 13,2% em janeiro. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, dia 22, na sede da Fundação de Economia e Estatística e fazem parte da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre, elaborada através de convênio entre a FEE, Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS-SINE), Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (DIEESE) e Fundação SEADE de São Paulo. Segundo o economista André Luiz Leite Chaves, da FEE, o nível ocupacional na Região Metropolitana apresentou variação positiva de 0,2%, dando continuidade ao movimento ascendente iniciado em novembro do ano passado. A criação de três mil postos de trabalho, associada à saída de sete mil pessoas da força de trabalho, provocou a redução no contingente de desempregados, que alcançou 245 mil pessoas, 10 mil a menos do que o registrado no mês de dezembro. Conforme os setores da atividade econômica, o acréscimo do nível ocupacional deveu-se ao incremento da ocupação na construção civil, nos serviços domésticos e no comércio. Em sentido contrário, observou-se queda no setor serviços, com a saída de 11 mil pessoas, e relativa estabilidade na indústria de transformação. Do ponto de vista das diversas modalidades de inserção no mercado de trabalho, o emprego assalariado apresentou uma variação negativa de 0,3% em janeiro. “Esse resultado deveu-se, principalmente, às quedas observadas no setor público (-1,0%) e no setor privado sem registro em carteira (-0,7%), resultado não compensado pela variação positiva verificada no setor privado com registro em carteira, de 0,2%”, explicou o economista. A Pesquisa constatou, também, que, em dezembro de 2005, repetindo o movimento do mês anterior, os rendimentos médios reais dos ocupados e dos assalariados diminuíram 3,0% e 3,1%, respectivamente, levando as remunerações a R$ 903,00 para os ocupados e a R$ 925,00 para os assalariados. Os dados levantados pela PED detectaram, ainda, que o tempo médio despendido pelo conjunto dos desempregados na procura de trabalho durante o mês de janeiro foi de 38 semanas, o mesmo do mês anterior. Participaram, também, da divulgação da PED a economista Lúcia Garcia, do DIEESE, e a socióloga Irene Maria Galeazzi, da FGTAS.