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CREs compartilham experiências exitosas com a implantação das Cipaves

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Representantes das 30 CREs estiveram presentes no evento das Cipaves
Representantes das 30 CREs estiveram presentes no evento das Cipaves - Foto: Dani Barcellos/Palácio Piratini

Ao som da música 'Nós queremos paz', da cantora Joanna, apresentada por alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Alfredo José Kliemann, de Santa Cruz do Sul, e pela ex-aluna e mãe de aluno, Rita de Cássia, iniciou-se o 1º Seminário Estadual de Experiências Exitosas da Cipave e o 2º Seminário Regional da Cipave: Ações Escolares que Encantam Corações em Busca da Paz.

Representantes das 30 Coordenadorias Regionais de Educação (CREs), que já implantaram a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar (Cipave) nas escolas estaduais, estiveram presentes no evento, nesta terça-feira (7), em Santa Cruz do Sul. O encontro contou com a presença do secretário da Educação, Ronald Krummenauer, e da secretária do Gabinete de Políticas Sociais, Maria Helena Sartori.

Discutir e compartilhar experiências que deram certo, trouxeram benefícios e ajudaram alunos, professores, funcionários e toda a comunidade escolar foi o intuito do encontro. Atualmente, as Cipaves estão presentes em 2.383 das 2.545 escolas estaduais do Rio Grande do Sul. Com o programa, 11 tipos de delitos são controlados, o que ajuda na redução da criminalidade e da violência nas escolas.

As Cipaves

A experiência da Cipave começou em Caxias do Sul, com um trabalho voltado aos alunos da rede municipal. Em 2012, foi sancionada a Lei 14.030 e, assim, começou o trabalho de implantação nas escolas da rede estadual. O incentivo à criação das Cipaves nas escolas se deu efetivamente a partir de 2015, com a inclusão do programa no Acordo de Resultados da Secretaria da Educação (Seduc).

Desde então, o governo do Estado tem feito uma grande caminhada na busca de conscientizar e orientar a comunidade escolar sobre as mais diversas situações que podem vir a ocorrer dentro e no entorno das escolas para, juntos, buscar soluções que levem em conta a realidade de cada instituição.


Maria Helena afirmou que as Cipaves ajudam a formar jovens e adultos diferentes. / Dani Barcellos/Palácio Piratini

Cultura da paz

A cultura da paz foi lembrada em todos os projetos apresentados no decorrer do dia. A secretária Maria Helena disse que a diferença das escolas com e sem Cipave é percebida por pessoas de fora do ciclo escolar e muito elogiada como ações efetivas para redução dos índices de violência e conflitos. “O que está sendo feito é gratificante para vocês, mas os alunos é que estão vivenciando tudo isso”, ressaltou.

Os programas Primeira Infância Melhor (PIM) e Criança Feliz (PCF) também foram lembrados pela secretária como sementes que são plantadas no início da vida. “Se cuidarmos das nossas crianças agora teremos adultos diferentes, com outras posturas perante a sociedade”, destacou.

O concurso 'Tamo junto com a Cipave' também foi citado como uma ação diferenciada e que envolveu toda a comunidade. Segundo a secretária Maria Helena, 353 escolas estaduais enviaram vídeos que receberam 1,3 milhão de votos. A premiação do concurso está marcada para o dia 13 de novembro, no Theatro São Pedro, em Porto Alegre.


Luciane Manfro: "O programa é um sucesso e atingimos números muito bons". / Dani Barcellos/Palácio Piratini

Para a coordenadora estadual do Programa Cipave, Luciane Manfro, o evento é uma forma de ver o que cada região está fazendo, com suas próprias características e identidades. “São ideias novas para levarmos para nossas regiões. O programa é um sucesso e atingimos números muito bons. Em um semestre, conseguimos reduzir sete mil casos de indisciplina em sala de aula. Estamos em um nível bom, mas sempre é possível fazer mais”, afirmou.

As dificuldades enfrentadas pelo Rio Grande do Sul e pelo Brasil foram lembradas pelo secretário Krummenauer, que enfatizou que os desafios são grandes, não só na área da Educação. Ele também salientou que a Cipave é um exemplo do que dá certo e apresenta um bom crescimento em três anos, além de desenvolver uma grande rede de parcerias.

O coordenador da 6ª CRE (Santa Cruz do Sul), Luiz Ricardo Pinho de Moura, que organizou o evento, parabenizou o governo do Estado pelo trabalho incansável na construção das Cipaves. “O programa tem um papel muito importante nas instituições de ensino. Precisamos trazer para o debate todos os envolvidos no ensino. Já existe um interesse maior da comunidade escolar nas ações, mas precisamos nos aproximar ainda mais”, ressaltou. Moura também citou o aprendizado e o vínculo afetivo entre alunos e professores que devem sempre andar juntos para uma melhor relação.


Krummenauer enfatizou que a Cipave é um exemplo do que dá certo. / Dani Barcellos/Palácio Piratini

Experiências que dão certo

A Escola Estadual de Ensino Fundamental Joaquim Caetano da Silva, do município de Jaguarão (5ª CRE), apresentou a experiência 'Mediando conflitos - Rodas de conversa'. O projeto consiste em reunir crianças e adolescentes e conversar sobre o que está acontecendo no ambiente escolar. Escutar as necessidades de cada um, seus sentimentos, e também identificar suas responsabilidades diante do conflito para encontrar soluções.

A orientadora educacional da escola, Miriam Lane dos Santos Costa, falou das mudanças de atitudes que já podem ser notadas dentro do ambiente escolar. “Percebe-se que são crianças mais calmas, voltadas para a cultura da paz, procurando resolver seus problemas através de conversas, com o envolvimento das famílias e da comunidade escolar. São projetos como esses que fazem com que os alunos vão para a escola para se sentirem bem, acolhidos e prontos para enfrentar os desafios do dia a dia”, comemorou.

Outro projeto apresentado foi o 'Recreio Especial', que é um intervalo estendido a cada 30 dias quando não há ocorrências na escola, sejam brigas ou até mesmo depredação do ambiente escolar. A experiência foi implementada no início do ano passado no Colégio Estadual Deoclécio Ferrugem, de Glorinha (28ª CRE). “A gente percebe uma grande mudança nos alunos em relação a comportamento, indisciplina e também um cuidado com o patrimônio”, frisou a professora Cláudia Emi Yoshida.

CLIQUE AQUI para ver as experiência exitosas.

Texto: Cassiane Osório/Secom, de Santa Cruz do Sul
Edição: Sílvia Lago/Secom

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