Os americanos trarão os animais para divulgar a raça entre os brasileiros, revela o chefe do Serviço de Exposições e Feiras da Secretaria da Agricultura, José Arthur Martins

Um criador dos Estados Unidos confirmou a inscrição de um exemplar da raça eqüina Friesian na Expointer deste ano. O evento ocorre de 30 de agosto a 7 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Segundo o chefe do Serviço de Exposições e Feiras da Secretaria da Agricultura, José Arthur Martins, a raça é praticamente desconhecida no Brasil. Os americanos trarão os animais para divulgar a raça entre os brasileiros, conta. Um dos sócios da Cabanha localizada no estado de Washington, nos EUA, é gaúcho. Regis Costa ainda avalia a possibilidade de trazer um segundo animal à feira. Assim, poderá haver julgamento da raça e o grande campeão participará dos desfile final, observa Martins.

O médico veterinário ressalta que o Friesian é um animal de temperamento dócil e fisicamente bastante robusto. É um belo cavalo, diferenciado, diz. Antes de embarcar de avião para Esteio, o garanhão terá de passar pelo período de quarentena, em Los Angeles. Só depois de passar pelos exames exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Mapa) é que ele poderá ingressar no Brasil e, conseqüentemente, no Rio Grande do Sul.

Origem
É difícil precisar a origem do cavalo Friesian. É certo que o cavalo era famoso na Idade Média, pois pode ser encontrado em trabalhos de arte daquele período. Em 1600 foi adotado para levar carga debaixo de sela. Depois, devido a sua ação esplêndida ao trote, o Friesian foi destinado para trabalhos leves. Isto, infelizmente, limitou seu uso em agricultura e conduziu a seu declínio do número de animais no início 1900.

A sua procriação sistemática restabeleceu a qualidade da raça e seus números são crescentes agora. O cavalo está sendo exportado agora a outros países e sua popularidade está crescendo, sobretudo nos Estados Unidos.