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Com otimismo, governador Leite abre 47ª edição da Couromoda, em SP

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SÃO PAULO, SP, BRASIL, 13/01/2020 - governador Leite abre 47ª edição da Couromoda, em SP. Fotos: Rodger Timm/ Palácio Piratini
Leite abriu, no Expo Center Norte, em São Paulo, a mais importante feira de calçados e artigos de couro da América Latina - Foto: Rodger Timm / Palácio Piratini

Com a presença do governador Eduardo Leite, foi aberta na manhã desta segunda-feira (13/1), no Expo Center Norte, em São Paulo, a 47ª edição da Couromoda, mais importante feira de calçados e artigos de couro da América Latina. O Rio Grande do Sul é o maior Estado exportador de calçados do país e o segundo maior produtor em volume. Fundador e presidente da Couromoda, Francisco Santos fez uma previsão otimista para a feira e celebrou o atual momento do setor, classificado por ele como “o melhor dos últimos seis anos”.

Os resultados das vendas recentes da Black Friday e do Natal injetaram ânimo entre os fabricantes de calçados. “Temos vários sinais de que teremos um ano promissor. Tivemos o melhor Natal dos últimos anos e esperamos resultados muito positivos nessa edição da Couromoda”.

O presidente agradeceu aos governadores do RS e de SP, João Doria, pelas recentes medidas de estímulo ao setor. “Há muito o tempo o segmento coureiro-calçadista não recebia tamanha atenção em dois dos Estados mais fortes na área como a que estamos tendo agora”, destacou Santos.

Em sua fala, Leite destacou a força do setor no Rio Grande do Sul e os decretos publicados na última semana de 2019, um deles envolvendo o primeiro Pacto Setorial Cooperativo e as mudanças tributárias na área, com a redução da alíquota para 4%.

“Tomamos providências olhando para esse setor (coureiro-calçadista) que gera empregos de forma intensiva e, por isso, mereceu um olhar especial da nossa gestão. Fizemos isso certos de que nossa indústria responderá a esta nova condição tributária com investimentos, estimulando toda a cadeia produtiva no RS e, portanto, gerando mais empregos e renda para a nossa população”, afirmou o governador.

Leite ressaltou que a agenda de desenvolvimento colocada em curso é focada em incentivar os empreendedores a permanecerem e ampliarem os investimentos no Estado, apostando numa agenda de desenvolvimento sustentada no pilar: redução de burocracias, tributos e custos logísticos.

"Não existe programa mais efetivo para melhorar a vida das pessoas do que a geração de empregos, renda e autonomia para a população. Mas quem gera empregos não é o governo. A nós, governantes, cabe a tarefa de restabelecermos as condições para que isso aconteça”, disse.

O governador do RS também recebeu uma placa das entidades gaúchas do setor calçadista, entregue pelo presidente da Associação Comercial e Industrial de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha, Marcelo Lauxen Kehl.

Entre outras autoridades, participaram da abertura do governador de São Paulo, João Doria, o presidente da Frente Parlamentar do Setor Coureiro-Calçadista no Congresso Nacional, deputado Lucas Redecker, além da prefeita de Novo Hamburgo, Fatima Daudt, dos prefeito de Teutônia, Jonatan Bronstrup, e de Campo Bom, Luciano Orsi, o vice-prefeito de Três Coroas, Eraldo Araujo, além de secretários municipais e representantes de sindicatos da indústria calçadista de Parobé, Campo Bom, Igrejinha e Três Coroas.

SÃO PAULO, SP, BRASIL, 13/01/2020 - governador Leite abre 47ª edição da Couromoda, em SP. Fotos: Rodger Timm/ Palácio Piratini
Governador visitou a feira em São Paulo e destacou a força do setor no RS, maior Estado exportador de calçados do país - Foto: Rodger Timm / Palácio Piratini

A feira

A edição 2020 da Couromoda reúne até a próxima quarta-feira (15/1) grandes players do mercado calçadista nacional e compradores estrangeiros dos maiores centros de consumo do mundo, com destaque para Estados Unidos e América Latina. A feira é reconhecida por fortalecer e fomentar informação e negócios entre indústria e lojistas, além de gerar negócios que correspondem a 35% do movimento anual do setor calçadista. Ao todo, são mais de 2.000 coleções de calçados, acessórios e confecções voltadas para o inverno e também para a meia-estação.

Presença gaúcha

O projeto Estação Moda RS, desenvolvido pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha, Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae RS), com apoio das prefeituras de Novo Hamburgo, Campo Bom, Sapiranga e Igrejinha, está com 23 empresas na edição deste ano. No total, são 60 empresas gaúchas presentes no evento.

Na edição 2019, foram realizados, somente no estande do Rio Grande do Sul, em torno de R$ 7 milhões em negociações. Para este ano, a expectativa é positiva, embora os organizadores prefiram não divulgar números.

Origens

O maior exportador de calçados de 2019 foi o Rio Grande do Sul, de onde partiram 30,64 milhões de pares, que geraram US$ 444,7 milhões, resultados superiores tanto em volume (12,7%) quanto em receita (3,8%) em relação a 2018. Os gaúchos são responsáveis por 44% de toda a exportação brasileira no setor. O principal destino do calçado gaúcho foram os Estados Unidos, seguido por Argentina e França. A indústria emprega cerca de 90 mil pessoas no RS.

Pacto Setorial

O Pacto Setorial Cooperativo é um instrumento do programa Receita 2030 – conjunto de 30 iniciativas para modernizar a administração tributária gaúcha na próxima década – para a simplificação, transparência, eficiência e segurança jurídica ao setor no Estado.

A ideia é que ambos trabalhem em cooperação para impulsionar a economia gaúcha. Ao governo caberá, por exemplo, facilitar o ambiente de negócios, estimulando a regularidade fiscal, o combate à pirataria e o consumo da produção gaúcha, com mecanismos de autocontrole para eliminar a informalidade e participação no programa Nota Fiscal Gaúcha.

Os empresários se comprometem com compra de cota mínima de matéria-prima de fornecedores locais, investimento na modernização e ampliação do parque fabril adquirindo preferencialmente equipamentos de produtores gaúchos, manutenção e incremento de empregos, entre outros. Na questão tributária, o setor passa a utilizar a mesma sistemática de outros Estados, com alteração de tributação que prevê carga na saída de 4% e compromisso mínimo de manutenção/incremento de arrecadação.

Texto: Renan Arais
Edição: Patrícia Specht/Secom

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