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Colheita das culturas de verão encaminha-se ao final

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As chuvas ocorridas nos primeiros dias de maio foram suficientes para atender às necessidades das lavouras e pastagens implantadas e para manter os mananciais hídricos em níveis considerados normais para essa época do ano. Há registros pontuais de
Colheita das culturas de verão encaminha-se ao final
As chuvas ocorridas nos primeiros dias de maio foram suficientes para atender às necessidades das lavouras e pastagens implantadas e para manter os mananciais hídricos em níveis considerados normais para essa época do ano. Há registros pontuais de pequeno atraso na finalização da colheita de algumas lavouras de milho e de soja. Entretanto, não são em número elevado, o que mantém a evolução da atual safra à frente da média verificada nos últimos anos. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, com a colheita de arroz encerrada, os produtores gaúchos seguem focados na comercialização das mais de 6 milhões de toneladas colhidas nessa safra. Apesar das intervenções do Governo Federal no sentido de enxugar o mercado, os preços não têm reagido na intensidade desejada pelos orizicultores. Os produtores de feijão também não estão satisfeitos com os preços obtidos na comercialização, que mantém, para a saca de 60 quilos de feijão preto, a média de R$ 34,82. A colheita do feijão atingiu os 78% da área e os rendimentos permanecem perto dos 1.000 quilos por hectare, com boa qualidade do grão. Nesse momento, toda a lavoura da safrinha ultrapassa a fase de floração, a mais sensível às geadas e ao frio, despreocupando os agricultores quanto a possíveis prejuízos em razão desses fenômenos. A colheita do milho segue ligeiramente adiantada em relação aos anos anteriores, alcançando os 73% da área colhida. Mesmo nas lavouras de milho mais tardias, as produtividades têm sido altas. A chegada do frio preocupa apenas uma pequena parcela de produtores que ainda detêm lavouras em estágio de formação de grãos (8% do total plantado), que poderão sofrer algum tipo de dano, sem afetar a produção que, neste ano, será uma das maiores da história. Na soja, a colheita chega aos 98% e os produtores tratam de negociar a produção em patamares mais vantajosos. Entretanto, apesar da alta do produto nos mercados internacionais, a valorização do real frente ao dólar faz diminuir possíveis vantagens. Nessa semana, o preço médio da saca de 60 kg ficou em R$ 26,58. Apesar de comercializar em patamares 13,49% acima do ano passado, os atuais preços se encontram 28,47% abaixo da cotação média dos últimos cinco anos. Com as safras de verão praticamente encerradas, alguns produtores começam a se voltar para o trigo. A necessidade de otimizar custos das máquinas na propriedade e a valorização do cereal nos últimos meses (27,54% no ano) têm despertado um interesse maior pela cultura. O aumento significativo de alguns insumos faz com que o possível incremento na área a ser cultivada não seja tão expressivo como se esperava. Hortigranjeiros Na Zona Sul, no maior município produtor de cebola do Estado, São José do Norte, após a última safra, estudos apontam para uma perda de produção de cerca de 20% em razão da falta de locais adequados para armazenagem. Também os preços registrados no período de dezembro/06 a fevereiro/07 foram aviltados, ficando entre R$ 0,08 e R$ 0,10/kg, deixando os agricultores descapitalizados e com problemas econômicos. Já a safra da maçã na Serra Gaúcha encontra-se praticamente encerrada, o clima possibilitando boa colheita. O rendimento dos pomares ficou 10% acima da média normal e a qualidade das frutas superou as expectativas. A sanidade das plantas mantém-se muito boa. Pastagens e criações Os técnicos da Emater/RS-Ascar estão considerando muito bom o desenvolvimento das pastagens cultivadas hibernais, em especial as culturas de aveia e azevém. As baixas temperaturas e o encurtamento dos dias aceleram a redução da qualidade das pastagens estivais, mas ainda é elevada a disponibilidade de matéria seca à disposição do rebanho. O mercado do boi gordo segue reagindo positivamente, mantendo o preço médio em torno dos R$ 2,06 o quilo vivo. Na região da Campanha, o índice de prenhez em alguns estabelecimentos chega aos 85%. Com esse resultado, deve aumentar a oferta de terneiros de Primavera na Região. Com a redução da temperatura diminui a intensidade de ocorrência de carrapatos e de mosca do chifre. O preço do leite está em ritmo ascendente e, conforme o acompanhamento preços realizado pela Emater/RS–Ascar, o leite apresentou crescimento de 2,22% na semana, variando entre um mínimo de R$ 0,38 a um máximo de R$ 0,58. Esse aumento se deve à redução da oferta de leite às agroindústrias de processamento, em razão da diminuição da qualidade da forragem e da necessidade de os animais se adaptarem ao novo regime alimentar de inverno. Na região da Campanha, boa parte dos produtores realizou entre 4 a 5 colheitas no período de novembro de 2006 a maio deste ano, o que representou um aumento entre 20% a 50 % em relação à safra passada. A maior oferta do produto está pressionando os preços para baixo em decorrência da dificuldade de comercialização.
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