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Colégio Estadual Castelo Branco, em Lajeado, renasce após obras de recuperação

Instituição foi atingida pelas enchentes de 2023 e 2024

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Imagem externa. Há uma cesta de basquete em destaque no lado direito da foto. No lado esquerdo, aparece a estrutura do colégio, com três pisos, em tons amarelos.
Intervenções foram realizadas com foco na resiliência perante eventos meteorológicos extremos - Foto: João Pedro Rodrigues/Secom

Não é exagero chamar de renascimento o que está ocorrendo no Colégio Estadual (CE) Presidente Castelo Branco, o Castelinho, em Lajeado. Em maio do ano passado, a visão da escola submersa estabeleceu um prognóstico desolador, em razão do estrago provocado pelas águas que transbordaram das margens do Taquari, avançando pela terceira vez sobre a maior escola da Rede Estadual no município. As duas primeiras foram em setembro e novembro de 2023.

A imagem mostra uma mulher de pele clara, cabelos lisos e escuros, usando óculos de armação marrom e lentes com reflexo arroxeado. Ela sorri para a câmera. Está vestindo um casaco lilás sobre um suéter preto de gola alta. Ao fundo, é possível ver parte de uma parede pintada em branco e cinza claro, uma porta aberta com grades brancas e uma placa verde com a palavra “SAÍDA” em letras amarelas.
Após sofrer com as enchentes, a diretora Evanize Pires vê a recuperação do colégio impulsionada pelos investimentos do governo - Foto: João Pedro Rodrigues/Secom

A diretora Evanize Pires conta que a maioria das salas de aula foi atingida. A água elevou-se até a metade do segundo dos três pavimentos. “Perdemos muita coisa: documentos, computadores, móveis e um pouco da história do colégio registrada em fotos e quadros”, lamenta.   

Nesta segunda-feira (4/8), o retorno da comunidade escolar deixa para trás os quase dois anos em que a tradicional escola ficou sem a efervescência de quase 900 pessoas (estudantes, professores, serventes de limpeza e merendeiras).

No mesmo lugar

Chegou-se a cogitar a transferência do colégio para outro endereço, mas prevaleceu o desejo da comunidade de que fossem restabelecidas as condições para o retorno das atividades no mesmo local, na Praça da Matriz. O governo decidiu, então, manter o Castelinho na ampla construção amarela. A coordenação da reforma geral do prédio coube à Secretaria de Obras Públicas (SOP).

“Os servidores da SOP se empenham para qualificar todas as escolas, desde as menores, localizadas em pequenas comunidades rurais, às maiores, que chegam a ocupar quarteirões inteiros. No entanto, para o Castelinho, além da dedicação habitual, tivemos que ir além e pensar em novos parâmetros, próprios de um tempo em que o mundo se torna mais vulnerável à natureza”, afirma a titular da pasta, Izabel Matte. “Dar condições para o colégio reabrir é resultado da capacidade que o Rio Grande teve de se reerguer depois de enfrentar a pior tragédia meteorológica de sua história.”

Imagem de uma sala de aula, com mesas e cadeiras brancas enfileiradas. As paredes são de cor verde claro e branco. Há um quadro branco na parede. Ao fundo, duas janelas deixam a luz do sol entrar.
Ao todo, 24 salas de aulas foram recuperadas, além de espaços como a cozinha, o refeitório e a sala dos professores - Foto: João Pedro Rodrigues/Secom

A recuperação foi dividida em três fases, tendo a primeira um investimento de R$ 2,6 milhões. A conclusão parcial, que teve fiscalização da SOP, permitiu a retomada das atividades. Para tanto, ocorreu a recuperação de 24 salas de aulas, da cozinha, do refeitório, da sala dos professores, da administração, do miniauditório, do pátio, da circulação e dos sanitários.

As intervenções foram realizadas com foco na resiliência perante eventos meteorológicos extremos. Pisos e rodapés de madeira foram substituídos por materiais mais resistentes, como manta vinílica e basalto. Na sequência, as esquadrias de madeira serão trocadas por outras de alumínio. A conclusão dos trabalhos ocorrerá até o final do ano.

Imagem de um refeitório, com amplas mesas retangulares azuis, com bancos acoplados. O ambiente está limpo e pintado de branco. Há quatro janelas amplas iluminando todo o espaço.
A recuperação do colégio foi dividida em três fases, tendo a primeira um investimento de R$ 2,6 milhões - Foto: João Pedro Rodrigues/Secom

Na educação, área tratada como prioridade pelo governador Eduardo Leite, o propósito do governo é garantir o futuro do estudante, do professor e da sociedade.

Segunda fase

As obras da segunda fase começarão na sequência. Entre os serviços previstos, estão manutenções elétricas e hidrossanitárias; aplicação de novos revestimentos em pisos, paredes e forros; pintura; e recuperação estrutural de alvenarias e rebocos.

Essa etapa contempla também a requalificação do pátio e das quadras externas; a restauração das salas do primeiro pavimento; a substituição de janelas e portas; a pintura das fachadas internas e externas; e a recuperação do auditório localizado no terceiro andar. 

Imagem externa mostra um pátio escolar com quadras de esportes banhado pelo sol. Ao fundo há diversas árvores fazendo sombra em parte da quadra. Também aparece parte da estrutura do colégio, em tons amarelos.
Entre outras melhorias, a segunda fase de recuperação contempla a requalificação do pátio e das quadras externas - Foto: João Pedro Rodrigues/Secom

No segundo pavimento, mais vulnerável a alagamentos, não ficarão mais cozinha, refeitório ou biblioteca. Esses ambientes serão transferidos para o último andar.

A fase final da recuperação consistirá na implantação de um módulo de infraestrutura e acessibilidade conhecido como plugin. Trata-se de uma estrutura independente que será integrada à edificação principal da escola. O módulo inclui rampas de acessibilidade, sanitários e depósitos, além de um sistema de instalações prediais resilientes, composto por salas de máquinas, reservatório de água potável e kit de geração de energia fotovoltaica.

A instalação do plugin permitirá a transferência da cozinha e do refeitório para o terceiro andar. O projeto ainda será elaborado.

Detalhamento das fases

Fase 1

Investimento: R$ 2,6 milhões

  • Recuperação de 24 salas de aula, cozinha, refeitório, administração, sala de professores e miniauditório
  • Pintura
  • Iluminação
  • Troca ou recuperação de pisos
  • Recuperação do pátio central
  • Recuperação de circulações e sanitários

Fase 2

  • Recuperação do ginásio
  • Finalização da recuperação do pátio e das quadras externas
  • Recuperação do auditório do 3° pavimento
  • Recuperação do miniauditório do 3° pavimento
  • Alteração da cozinha e do refeitório do 2º para o 3º pavimento (mediante instalação do plugin, previsto na fase 3)
  • Finalização da sala dos professores no 3° pavimento
  • Desinterdição do bloco com laboratórios do 3º pavimento
  • Recuperação de todas as salas do 1° pavimento
  • Substituição de portas e janelas (serviço que ocorrerá nas férias escolares de verão)
  • Pinturas de fachadas internas e externas
  • Aplicação total da nova identidade visual

Fase 3

  • Implantação do módulo de infraestrutura e acessibilidade (plugin)

Texto: Marluci Brock e Vitor Necchi/Ascom SOP
Edição: Secom

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