Colcha de retalhos encerra Semana de Luta Antimanicomial
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Eu acho que o tratamento dos nervos deve ser feito em casa porque é melhor a gente ter o apoio da família. Este depoimento de um usuário do Serviço de Saúde Mental de São Leopoldo foi costurado à colcha de retalhos - um mapa dos serviços oferecidos à população nas 19 regiões do Estado, feito em tecido, no qual foram pregados retalhos, textos e pequenos objetos, representando o atendimento em cada região. A confecção da colcha encerrou nesta manhã (19), no Parque Farroupilha, a Semana de Luta Antimanicomial comemorativa ao 18 de maio, Dia Nacional de Luta Antimanicomial. O evento contou com o apoio do Fórum Gaúcho de Saúde Mental e é resultado do trabalho das secretarias estaduais da Habitação, do Trabalho, Cidadania e Assistência Social, e da Cultura. Na avaliação da coordenadora da política de Atenção Integral à Saúde Mental do Estado, Miriam Dias, o esforço de conscientização da população quanto à necessidade de restituir a cidadania aos portadores de sofrimento psíquico foi recompensado neste evento. Este momento é o apogeu de uma luta que não é do Estado, mas do Movimento Antimanicomial e que hoje tem a oportunidade de mostrar, através do mapa, o que está sendo feito por estas pessoas. Durante o dia, até as 15h, está sendo apresentada uma feira das oficinas de beleza, babá, corte e costura, e triagem de residuos sólidos. Estas iniciativas são parte do esforço que o Governo do Estado vem fazendo para implementação efetiva de uma política em saúde mental que cumpra os preceitos da Lei de Reforma Psiquiátrica (1992). A lergislação garante às pessoas que padecem de sofrimento psíquico o direito à vida em sociedade, sem exclusão ou internação compulsória.